Devotos são proibidos de embarcar para seguir Vela Fluvial, em Belém, e denunciam superlotação

Dezenas de fiéis e turistas foram impedidos de embarcar em um ferryboat para seguir o trajeto da romaria fluvial do Vela de Nazaré, em Belém (PA), na manhã deste sábado (12/10). Apesar de ter comprado da floricultura “Por Onde Flor” um pacote de viagem para a procissão nas águas da Baía do Guajará, um grupo de 70 devotos acabou de fora da tradicional solenidade em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do estado, devido a superlotação na embarcação.

Segundo vídeos que circulam na internet dos clientes lesados denunciando a empresa pelo transtorno, foram vendidos mais entradas do que a capacidade de passageiros do ferryboat, alugado pela Por Onde Flor. Em nota, a floricultura de Belém, que oferece eventos pagos para o Vela de Nazaré, garantiu que vendeu o número permitido de ingressos e que a decisão de proibir o embarque de todos os devotos que compraram o pacote para a romaria fluvial partiu do comandante do ferryboat.

“Comprei cinco ingressos para seguir o Vela Fluvial com a minha família hoje, mas não conseguimos entrar. Venderam a mais do que o permitido e agora não estão deixando mais entrar. Foi muita confusão, teve polícia. A tripulação da Marinha autorizou todas as pessoas que lá estavam, mas o comandante da embarcação não quis levar todos. Algumas fizeram boletim na polícia, e vão para a Justiça”, afirmou uma cliente prejudicada.

Ela pagou no totalidade R$ 1,5 milénio de entradas na embarcação para o Vela Fluvial, sendo que cada ingresso custou R$ 260. “Não vamos seguir (o Vela Fluvial), eu chorei muito porque era o meu primeiro Vela, estava muito empolgada”, disse.

O pacote oferecido pela empresa Por Onde Flor para seguir a romaria na Baía do Guajará informava porquê lugar de embarque o Porto Ver-o-Rio, na avenida Marechal Hermes. A ingresso na embarcação iniciaria às 5h45, com saída às 7h.

Ainda conforme a nota, a floricultura alugou o ferryboat da empresa Leão do Marajó e recebeu a informação de que teria capacidade para levar 500 pessoas na viagem. Mas na hora de embarcar os clientes, mesmo com a autorização da Capitania dos Portos, da Marinha, o comandante do ferryboat não quis remunerar uma multa referente ao transporte de todos os passageiros.

“E informa que a empresa de navegação contratada para o aluguel da FerryBoat, se compromissou em prestar o serviço para 500 pessoas, dessa forma foram vendidos 470 ingressos e 30 pessoas faziam secção da equipe de trabalho. No momento do embarque o Comandante da própria empresa, responsável por conduzir a embarcação, não autorizou a ingresso de todos os passageiros. A Capitania dos Portos tinha representante no lugar, o qual autorizou a saída segura da embarcação. Setenta passageiros não embarcaram, e estamos disponíveis para dialogar com todos respeitosamente, e fazer a restituição do moeda de forma imediata”, diz a empresa Por Onde Flor em um trecho da nota.

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Confira na íntegra a nota da empresa:

A empresa Por Onde Flor se entristece com todos os Romeiros que não conseguiram embarcar no Vela Fluvial organizado pela empresa. E informa que a empresa de navegação contratada para o aluguel da FerryBoat, se compromissou em prestar o serviço para 500 pessoas, dessa forma foram vendidos 470 ingressos e 30 pessoas faziam secção da equipe de trabalho. No momento do embarque o Comandante da própria empresa, responsável por conduzir a embarcação, não autorizou a ingresso de todos os passageiros. A Capitania dos Portos tinha representante no lugar, o qual autorizou a saída segura da embarcação. Setenta passageiros não embarcaram, e estamos disponíveis para dialogar com todos respeitosamente, e fazer a restituição do moeda de forma imediata. Sabemos que não temos porquê reparar o emocional e pedimos desculpas pelo ocorrido. A intenção da Por Onde Flor para o Vela 2024 sempre foi promover a devoção a Nossa Senhora de Nazaré, a cultura paraense e a arte da Amazônia por meio do evento, permitindo viver uma experiência única de fé e cultura.