Enterrar fios em SP reduziria apagões, mas custaria R$ 20 bi somente no meio

Seriam necessários muro de R$ 20 bilhões somente para enterrar a fiação elétrica na região medial de São Paulo, segundo uma projeção da Prefeitura da capital. Esta solução reduziria a recorrência de apagões na cidade, mas é considerada rostro pelos atores envolvidos.

Acontece que a maior segmento das falhas na distribuição de vigor em episódios de vento e chuvas — uma vez que o da noite da última sexta-feira (11) — são resultados da interferência de árvores e galhos que atingem a fiação. Enterrar os cabos, portanto, evitaria danos.

A responsabilidade por nascente investimentos em tese seria a concessionária de distribuição (a Enel, no caso de São Paulo), que tem ppp com o governo federalista. Porquê explica o ex-diretor da Dependência Vernáculo de Vontade Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana, o problema é que estes custos acabariam repassados à conta de luz, o que não interessa aos envolvidos.

“Todos esses custos são repassados para a tarifa de vigor, o que a encarece a conta de luz. Se for necessário investir R$ 20 bilhões, o governo não quer que isso seja integralmente repassado para os consumidores. O problema é tarifário, e há incertezas sobre uma vez que resolver isso”, explica.

Recentemente o governo publicou um decreto que estabelece diretrizes para renovação de concessões de distribuição entre 2025 e 2031 — o que englobaria a ppp da Enel, que se encerra em 2028. Não há iniciativas para o funeral de fiações nos novos contratos a serem firmados.

Santana pondera que as redes subterrâneas de vigor costumam inquirir maior tempo de manutenção, mas considerando que a segurança aumenta com o funeral, a premência de correção é menos estável. Na passagem do furacão Milton pela Flórida, por exemplo, sofreram com falta de vigor mormente localidades de redes aéreas.

“Um furacão desse no Brasil derrubaria toda a infraestrutura, não só de distribuição, mas também das torres de transmissão”, diz o ex-diretor da Aneel.

De entendimento com uma projeção da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecom Competitivas (TelComp), São Paulo conta com muro de 20 milénio km de fios aéreos, e somente 0,3% da rede da capital é totalmente subterrânea. Na superfície de licença da Enel, 2,1 milhão de pessoas ficaram sem vigor.



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