Hugo Gross fala em depressão e acusa Globo de deixá-lo na “geladeira”

Hugo Gross, ator e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Rio de Janeiro (Sated-RJ), conversou com o Metrópoles sobre a ação que move na Justiça contra a TV Globo, acusando a emissora de perseguição. Ele pede R$ 1,8 milhão do canal e diz que sofre represálias do canal por seus atos a frente do sindicato.

“A tônica da ação é para voltar a trabalhar, porque estou na casa, na emissora, que é uma excelente emissora. E eu, por estar defendendo desde 2002, o registro profissional, não para influencer, não para qualquer pessoa, onde a emissora vem colocando as pessoas sem eira e nem beira, por isso que vem despencando o Ibope. Eu venho lutando por isso”, inicia.

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Ele detonou a falta de remuneração

Reprodução/Instagram

Hugo ainda disse ter sido colocado na geladeira pelo canal por “estar defendendo essa categoria”, e citou depressão e tristeza ao comentar sobre o assunto.

“Eu acho que eles me colocaram na geladeira por eu estar defendendo essa categoria. É o meu direito, é a única coisa que eu sei fazer. Isso me dá tristeza, me dá depressão, já tive dias piores. Porque eu vejo tanta gente sem registro entrando, tanta panelinha participando disso, e a gente que batalha?”, desabafou.

Alegando ter feito um “movimento anti-sindical”, Gross garantiu que sua equipe de defesa, formada pelos advogados Leonardo Novaes e Jefferson Ferreira, foi paga com dinheiro do seu próprio bolso e não faz parte da equipe do Sated-RJ.

“Eu já provei para muitas pessoas o meu currículo. Eu trabalhei com Paulo Ubiratan, Roberto Talma, Mário Lúcio Vaz. E não era queridinho não, era por trabalho, por talento. Não acho justo ser perseguido porque eu estou à frente de um sindicato onde eu defendo uma classe toda”, completou.

Entenda o caso

Hugo Gross entrou com um processo na 68ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro e pede R$ 1,8 milhão da emissora. Ele alega que a emissora não o contrata mais por conta de sua atuação sindical, assim como divulgou a Folha de S. Paulo e foi confirmado pelo Metrópoles.

Segundo o processo, Gross alega que não foi chamado para trabalhos na emissora desde que assumiu o cargo no sindicato, em 2020. O último trabalho de Gross na Globo foi na novela Aquele Beijo, em 2011.

O ator incluiu troca de e-mails com funcionárias da emissora e outros atores, que apontam que ele não seria bem visto no canal. Em outra mensagem, enviada por Gross a Amauri Soares, diretor-executivo da Globo, ele diz ter sido ignorado ao falar sobre as denúncias.

Vale lembrar que Hugo Gross rebate, com frequência, as decisões da Globo de escalar influenciadores para suas novelas. Jade Picon, por exemplo, recebeu um passe especial para viver Chiara em Travessia, de Glória Perez.



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