A guerra já é regional, e suas consequências são imprevisíveis
“Até agora, não há um conflito regional mais vasto”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.
Mas nos corredores da ONU, essa narrativa é recebida com ironia e até acusações. Diplomatas do mundo mouro alertam que a pressão para se evitar uma escalada do conflito vale para todos. Menos para Israel, que mantém sua ofensiva para redesenhar o planta do Oriente Médio, enquanto recebe armas e é impenetrável pelo veto americano no Parecer de Segurança.
Depois de borrar cidades inteiras do planta e deixar quase 2 milhões de pessoas desalojadas em Gaza, Israel atacou Teerã, Beirute e continuou a lançar mísseis sobre a Síria. A partir do Iêmen, milícias disparam seus foguetes em direção às cidades israelenses, enquanto o Hezbollah e o Hamas mantêm seus ataques, muitas vezes indiscriminados, contra civis.
Há poucos meses, quando Israel atacou o Irã e o regime teocrático ensaiou um resposta com mais de uma centena de mísseis e drones, o governo americano estabeleceu em silêncio uma rede de aliados. Ela incluiu baterias de mísseis instaladas em Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Arábia Saudita, Jordânia e Israel.
Quatro navios americanos desempenharam um papel médio para impedir ataques do Irã, atuando tanto no Mar Vermelho porquê no Golfo de Aden. Esses mesmos navios passaram pelo Omã, Arábia Saudita e Djibuti.
Em Gaza, os deslocados chegam a 1,8 milhão de palestinos. No Líbano, mais 1 milhão. Depois de fugir de sua própria guerra, 100 milénio sírios deixaram o Líbano nos últimos dias, voltando a seu país. Fogem de guerra em guerra.
Publicar comentário