A teoria de colocar Flávio Bolsonaro na cabeça de placa – 12/10/2024 – Elio Gaspari
Há dois meses, circulava no entorno de Jair Bolsonaro a teoria de se colocar sua mulher, Michelle, na vice de um candidato conservador à Presidência da República. Isso na hipótese provável de ele não se livrar da inelegibilidade.
Não se pode expressar se a novidade versão apareceu antes ou depois da eleição municipal mas, hoje, circula a teoria de se colocar seu rebento, o senador Flávio Bolsonaro, na cabeça da placa.
Essa manobra só deu patente em 1831, quando d. Pedro 1º foi para Portugal. À estação o Brasil era uma reino.
Boa notícia
As coisas boas também acontecem. Há três anos o Brasil vivia um pesadelo com um governo que insuflava os militares contra vacinas e urnas.
Depois do triunfo do resgate de 1.500 brasileiros da Filete de Gaza e de Israel, a Força Aérea já tirou outros 672 do Líbano e estima repatriar 3.000 pessoas.
Lula recebeu o primeiro grupo em Brasília e a operação segue, sem estardalhaço. Parece pouca coisa, mas outros países mais abonados disseram aos seus cidadãos que se virassem. Entre os resgatados pela FAB, vieram também argentinos e uruguaios.
Em 2020, as coisas eram diferentes. No início da pandemia, a China fechou a cidade de Wuhan onde viviam 11 milhões de pessoas e algumas dezenas de brasileiros. No final de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro descartou a teoria de um resgate: “Custa dispendioso um voo desses. Na risca, se for fretar um voo, supra de US$ 500 milénio o dispêndio. Pode ser pequeno para o tamanho do Orçamento brasílio, mas precisa de aprovação do Congresso”.
Em fevereiro, o vírus já havia se espalhado e o governo mudou de teoria.
Fala o portanto ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em seu livro “Um Paciente Chamado Brasil”:
”A operação foi montada para trazer 34 pessoas, mas foram usados quatro aviões e 120 pessoas para resgatá-las, um excesso. Eu disse aos militares que era prudente enviar o menor número de pessoas provável, mas mandaram gente do Tropa até para filmar o resgate. […] Montaram uma extensão de convívio onde os resgatados podiam se encontrar, coisa que ninguém nunca viu num confinamento de combate a uma epidemia. Havia um cinema onde todos ficaram juntos para presenciar a um filme escolhido a dedo pelos militares: Epidemia.”
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