Adalberto Baptista admite erros do Botafogo-SP em 2024: “Ano frustrante”
Presidente da SA faz balanço da temporada do Tricolor, em que a promessa era classificar no Paulista e brigar pelo acesso para Série A O presidente do Conselho Administrativo da Botafogo SA, Adalberto Baptista, classificou a temporada do time como “frustrante em 2024”. O time, montado, segundo ele, para brigar para subir para Série A, lutou contra o rebaixamento no Paulistão e na Série B, não passou da fase de grupos da Copa Paulista e não se classificou para Copa do Brasil de 2025.
– Foi uma campanha, um ano frustrante para nós. Alguns erros foram cometidos e posso elencar. Do ponto de vista de planejamento, foi muito bem feito. O trabalho feito pelo Pelaipe e Dimas na pré-temporada foi bem feito, junto com a comissão técnica. Contratamos 10 jogadores de alto nível não só salarial, mas qualitativo, que alguns times de Série A e quase todos da Série B queriam. Dos dez, só quatro atuaram [ quase o ano todo]. O Leandro Pereira e o Tiago Alves [português] não deram certo. Tiago mais por adaptação, muita gente queria. Quem atuo foi João Carlos, Schappo, Negueba e Baggio. Outros tiveram contusões. Fomos investigar e a maioria das lesões foi por trauma. Questionamos se a seca atrapalhou [o gramado]. Não é uma desculpa, mas com certeza isso atrapalhou – afirmou.
– Foi uma temporada frustrante. Nosso investimento foi exatamente o mesmo do Novorizontino em relação à folha de pagamento. Não foi falta de investimento, talvez de perfil de jogadores, e tivemos essas lesões. De 10 jogadores, dois não terem atuado, é muito. Trouxemos 14 ou 15 jogadores, mas desses 10 foram feitos investimentos grandes. De 10, errar dois é uma margem grande. A gente esperava mais, mas quatro com contusões atrapalhou bastante. Se um ou dois não fossem bem, e os outros oito jogassem, poderia ser melhor. Tivemos contusões, também, de reservas imediatos, gente que contávamos no ano.
Adalberto Baptista, presidente da Botafogo SA
Fábio Júnior/EPTV
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No Paulistão, sob comando de Paulo Gomes, o time teve três vitórias, dois empates e oito derrotas. Como ficou na 12ª posição, perdeu a vaga na Copa do Brasil. A alternativa, então, foi disputar a Copa Paulista em busca do título para se garantir no mata-mata nacional em 2025. Foram duas vitórias, três empates e três derrotas, ficando em quarto lugar no grupo.
– Tivemos frustração muito grande e erro de planejmanento, nao só da gestão, mas da comissão, com a Copa Paulista. Ali foi um dos motivos maiores que levaram a saída do Paulo Gomes. Foram alguns erros cometidos.
Assim como já havia feito ao longo do ano, Baptista voltou a reconhecer que houve erro do Botafogo na janela de contratações entre Paulistão e Série B, em que o clube fechou apenas com Gustavo Bochecha. As outras alternativas, três do Nova Iguaçu e uma do Maringá, não foram concretizadas e a diretoria não foi atrás de mais ninguém.
Técnico Paulo Gomes conversa com jogadores do Botafogo-SP em jogo desta temporada
Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão
Trocas no Departamento de Futebol
Ele ainda elencou como um dos principais erros da temporada as constantes trocas no departamento de futebol. O ano começou com Paulo Pelaipe como diretor-executivo e Sérgio Dimas como gerente.
O primeiro a sair foi Dimas, que recebeu convite da seleção brasileira. Depois, Pelaipe foi para o Cruzeiro. No lugar dele chegou Juliano Camargo, que não teve sequência ao aceitar proposta do Criciúma. Por fim, Toninho Cecílio assumiu o departamento de futebol e seguirá para 2025.
Essas mudanças em meio à situação de competir na Série B e na Copa Paulista atrapalharam o Botafogo, afirmou Baptista.
– Em relação à Copa Paulista, houve uma mudança no comando da gestão. A saída do Juliano foi bem no meio e acho que não foi dada a importância para a Copa Paulista. O foco era Série B, mas tínhamos um time capacitado, apesar de alguns gramados ruins [da Copa Paulista]. O fato de colocar o assistente para ser o treinador, demonstra para o elenco que a atenção [à Copa Paulista] não era prioritária. Não estou aqui criticando, mas deu para ver no comando de uma equipe que não teve resultado. Isso desgastou porque era uma comissão, um trabalho conjunto. Na minha concepção, o trabalho na Copa Paulista foi pífio. Saí envergonhado e a comissão técnica tem parcela de culpa nisso – explicou.
Botafogo-SP foi eliminado na fase de grupos da Copa Paulista
João Victor Menezes de Souza/Agência Botafogo
Por fim, Adalberto Baptista ainda revelou que era contra a troca no comando técnico devido ao tempo de adaptação do novo treinador com o elenco montado por outro profissional. Paulo Gomes ficou no clube até setembro e foi substituído por Márcio Zanardi, que já planeja a temporada 2025.
– Com relação ao Paulo Gomes, não tenho um A para falar do trabalho dele. O trabalho de treino foi muito bem feito e vocês vão ver que ele vai ter muito sucesso ainda. Acho que, por ele se de fora, o padrão educacional, acabou comprando brigas desnecessárias, algumas respostas ríspidas desnecessárias, mas acabo entendendo porque a pressão é dura e a cultura é diferente. Isso talvez tenha dificultado a relação dele com imprensa, torcedores, jogadores, porque não é paternalista (…) Minha dúvida em relação a trocar é essa (de adaptação). Eu falei para o Zanardi que ele errou em alguns jogos esperando o que alguns jogadores poderiam entregar e não entregaram. E isso é normal, não estava aqui, não fez pré-temporada.
Em reformulação, o Tricolor já dispensou 13 jogadores para a próxima temporada e renovou com os goleiros Victor Souza e João Carlos, o lateral-esquerdo Jean Victor e o meia Leandro Maciel. A pré-temporada para o Paulistão começa em 16 de janeiro.
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