Américo Martins: Joe Biden vai querer mostrar aos americanos que é duro com Irã

O ataque sem precedentes do Irã contra Israel, com quase 200 mísseis balísticos, provocou uma reação imediata da comunidade internacional, mormente dos Estados Unidos. Segundo o crítico sênior de assuntos internacionais Américo Martins, o presidente americano Joe Biden deverá adotar uma postura mais dura em relação ao Irã, abandonando os esforços diplomáticos anteriores.

Martins destaca que, com as eleições presidenciais americanas se aproximando, Biden enfrentará pressão para provar firmeza: “A um mês das eleições, o presidente Joe Biden vai querer mostrar aos americanos que ele é duro contra o Irã. Ele que é muito criticado pelo ex-presidente Donald Trump, justamente por uma suposta fraqueza em mourejar com o regime de Teerã”.

Coordenação entre EUA e Israel

O crítico prevê uma resposta coordenada entre os Estados Unidos e Israel. “Nós teremos, muito provavelmente, se não o envolvimento direto dos americanos num eventual ataque ao Irã, no mínimo, uma ajuda muito poderoso na questão do planejamento junto com o governo israelense”, afirma Martins.

Jake Sullivan, assessor de segurança vernáculo dos EUA, já sinalizou que as consequências para o Irã serão graves, embora não tenha detalhado quais seriam. O Pentágono também confirmou que coordenará uma resposta junto com Israel.

Momento e forma da retaliação

Apesar da pressão por uma resposta rápida, Martins acredita que Israel escolherá cuidadosamente o momento e a forma de retaliar. “Israel vai escolher o modo e a forma e o lugar aonde vai retaliar no momento que encontrar adequado”, explica o crítico.

O ataque iraniano resultou em uma pessoa morta em território israelense, com a maioria dos mísseis sendo interceptados pelos sistemas de resguardo. A população israelense recebeu orientações para buscar abrigo, enquanto as autoridades avaliam os próximos passos nesta escalada de tensões no Oriente Médio.

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