Ataque do Irã a Israel amplia o caos na região e eleva tensão global

Imagem colorida de mísseis lançados contra Israel pelo Irã - Metrópoles

Prestes a completar um ano, a guerra na Filete de Gaza entre Israel e Hamas se alastrou pelo Oriente Médio e ampliou o caos regional, envolvendo diretamente países uma vez que Irã, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria no conflito.

O mais recente incidente aconteceu nessa terça-feira (1º/10), quando o território israelense foi fim de um ataque do Irã.

Segundo as Forças de Resguardo de Israel (FDI), 180 mísseis foram disparados pelos iranianos contra Israel, chegando a atingir a capital, Tel Aviv, e Jerusalém. A maioria deles, no entanto, foi abatida pelo sistema de resguardo distraído do país.

O regime iraniano chamou a ofensiva de uma ação “lícito, racional e legítima” em resposta ao assassínio de importantes lideranças do Hamas e Hezbollah.

Além do Irã, indiciado por Israel de estar por trás de ações do chamado “eixo da resistência” na região, a explosão da guerra na Filete de Gaza também trouxe outros atores locais para o caos no Oriente Médio. 

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Ataque distraído em Tel Aviv, capital de Israel

Magen David Adom – Livrete/Anadolu via Imagens Getty

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Tel Aviv foi atingida por um número entre 200 e 500 mísseis

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Exclusivamente 10 minutos em seguida a primeira rajada de bombas, uma segunda vaga de mísseis foi lançada sobre Jerusalém

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Israel encerrou viagens aéreas dentro e fora do país

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Sirenes de alerta estão soando na cidade sagrada de Jerusalém e na capital de Israel

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Firmamento de Tel Aviv durante os ataques

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Pelo menos 200 mísseis foram disparados contra Israel

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Ataque do Irã foi anunciado

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Israel afirmou, antes de ataque, estar de prontidão

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Hezbollah no Líbano

O Hezbollah foi um dos primeiros a anunciar espeque ao Hamas, e desde outubro de 2023 tem lançados ataques contra posições israelenses na fronteira.

A estimativa é de que mais de 60 milénio israelenses foram forçados a deixar o setentrião do país – onde está localizada a região fronteiriça – em seguida o início das agressões.

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Carros, que se tornaram inutilizáveis, ​​em dimensão danificada por ataque enquanto os oficiais usam equipamentos pesados ​​de construção para remover destroços no Líbano

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Espaço atingida em seguida o ataque distraído do tropa israelense

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Carruagem junto de destroços

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Equipes de resgate vasculham escombros no lugar de um ataque israelense, Beirute

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Equipes de resgate vasculham escombros em lugar de um ataque israelense

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Operações de procura e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images

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Oficiais usam equipamento de construção para remover destroços em seguida o ataque distraído do tropa israelense no região de Dahiyeh, no sul de Beirute

Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

A intensificação da violência entre os dois lados já causou a morte de milhares de civis no Líbano, além de baixas importantes nas principais fileiras do grupo xiita, uma vez que o ex-líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.

Nas últimas semanas, a situação escalou e provocou uma invasão terrestre de forças israelenses no Líbano. Segundo o governo de Benjamin Netanyahu, o endurecimento das ações no país visa reestabelecer a segurança na região para prometer o retorno de cidadãos israelenses, que deixaram o setentrião do país.

Houthis no Iêmen

Os Houthis, que fazem segmento do chamado eixo da resistência, são outro grupo que iniciaram uma série de ataques em espeque ao Hamas desde o início do conflito em Gaza.

Atuando principalmente no Mar Vermelho, os alvos principais do grupo iemenita, que controla segmento do Iêmen há dez anos, são embarcações com bandeiras de países que apoiam Israel na guerra. 

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Os Houthis foram criados nos anos 1990

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O grupo passou a se armar a partir de 2004, ano de sua primeira insurgência

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Desde 2014, os Houthis controlam boa segmento do Iêmen

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A estimativa é de que o grupo conte com murado de 20 milénio soldados

Mohammed Hamoud/Getty Images

Em julho deste ano, as ações dos Houthis fizeram com que Israel atacasse posições do grupo no Iêmen pela primeira vez.

A última vaga de agressões entre os dois lados aconteceu no último mês. Enquanto os Houthis lançaram um míssil supersônico contra o território de Israel, as forças israelenses bombardearam estruturas do grupo no Iêmen.

Grupos no Iraque e Síria

Envolvidos em menor graduação no conflito, Síria e Iraque também já viram os resquícios da guerra na Filete de Gaza respingarem em seus territórios.

Liderada por Bashar al Assad, a Síria é um coligado histórico do Irã, e desde o início do conflito em Gaza tem sido fim de ataques israelenses.

Já no Iraque, a Resistência Islâmica do Iraque reivindicou diversos ações contra o território de Israel, além de ter atacado bases dos EUA no país.

Em resposta, o governo de Benjamin Netanyahu já realizou ações militares contra os dois países. A última delas aconteceu na madrugada dessa terça-feira (1º/10), quando Israel atacou a Síria matando três civis, incluindo uma jornalista.

Escalada regional

Analistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que os próximos passos militares de Israel e Irã serão determinantes para o porvir da região.

“Eu acho que essa última resposta do Irã ao ataque do Líbano bombardeando Israel vai ocasionar consequências. E é preciso observar uma vez que elas serão recebidas internacionalmente”, afirma o exegeta de política internacional Vito Villar.

Ou por outra, especialistas alertam que um conflito regional entre importantes atores do Oriente Médio pode impelir potencias mundiais para o caso na região.

“Se um conflito de larga graduação eclodir entre potências regionais – uma vez que Israel, Irã e Arábia Saudita – as alianças internacionais poderiam rapidamente transformar esse embate em alguma coisa muito maior. A Otan, que tem compromisso de resguardo mútua entre seus membros, poderia ser forçada a intervir em caso de ataques diretos ou de ameaças graves a seus interesses ou aliados. Da mesma forma, a Rússia, com fortes laços com o Irã e a Síria, e a China, buscando proteger suas rotas de fornecimento de petróleo, poderiam ser levadas a tomar posições mais agressivas”, explica o observador político Eduardo Galvão.



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