Atlético-PR quase na semi. E vão conseguir matar o VAR | Blog Entre as Canetas

Comentei nesta quarta-feira para o Sportv, ao lado do meu companheiro Bernardo Edler, o duelo de ida pela Sul-Americana, entre Bahia e Atlético-PR, na Manancial Novidade. O Furacão de Tiago Nunes deu um passo gigantesco para invadir a vaga à semifinal da competição com a vitória de 1 a 0. Mas é preciso registrar, com tristeza, que essa vantagem talvez devesse ter sido menor ou inexistente porque o Bahia teve dois gols anulados. O primeiro é questão de tradução. eu não anularia. Mas o segundo não há o que discutir: Ramires tinha muuuuita quesito de jogo quando completou o pontapé de Nino Paraíba. O pior de tudo: o avaliador prateado havia confirmado os dois gols, mas anulou-os depois de ser chamado a atenção pelo VAR. Não é verosímil ou concebível que o avaliador de vídeo tenha uma imagem mais clara do que a exibida pelo Sportv. Não é verosímil ou concebível que alguém, seja avaliador ou não, não consiga ver a posição de um jogador no campo.

 

A estratégia do Atlético foi correta: sustar o ímpeto oriundo do Bahia em morada e tentar jogar por um gol, seja para vencer, para empatar, ou até perder por um gol (mas conseguindo marcar). A realização, no primeiro tempo, ficou inferior do que deveria – o time teve uma única chance de gol, com Lucho Gonzalez – no último lance dessa lanço. O Bahia marcava muito, mas tinha muita dificuldade para recitar jogadas. Pressionou, mas abusou das bolas aereas aleatórias. Na única vez em que botou a esfera no soalho e trocou passes pelo lado, chegou ao gol… anulado. Na peroração do lance, Clayton acertou um voleio, mas o VAR acusou pé cocuruto, já que Nikão tentava trinchar o lance de cabeça. Na minha visão, Nikão chegou moroso e, portanto, o lance foi permitido. O avaliador estava a centímetros do lance, e certamente tinha um ângulo muito melhor do que o do VAR. Ainda assim, anulou a própria decisão.

 

No segundo tempo, a única mudança foi que o Atlético passou a jogar mais dentro de suas características sem a esfera: marcação subida muito eficiente, muito melhor do que a marcação das duas últimas linhas de resguardo. Isso dificultou o Bahia, que começou a se afobar mais e dar algumas brechas para o contra-ataque, que não dera no primeiro tempo.

 

Só que os baianos, mesmo assim, deveriam ter chegado ao empate no prelúdios dessa lanço. O Atlético, que abusou dos erros de posicionamento de sua última risca de resguardo, ficou olhando o pontapé falso de Nino e a peroração, permitido, de Ramires para o gol. Inexplicável e inacreditavelmente, alguém enormemente incompetente conseguiu não ver a quesito permitido do menino do Bahia, e induziu o avaliador a um dos erros mais crassos da temporada.

 

E aí, aos 21, esfera retomada pelos paranaense no meio, e lançamento ao impressionante Pablo. Esfera difícil de saber, ângulo desfavorável para o pontapé. Mas Pablo, que bate com a mesma facilidade com a direita ou com a esquerda, acertou uma pancada de direita e definiu o jogo. A período do atacante é impressionante, ele zero tem a ver com os erros do VAR. Pablo mereceu muito lucrar o jogo.

 

O trabalho de Enderson Moreira no Bahia é consistente. Deu padrão de jogo ao time e passou crédito aos jogadores, sempre lembrando que o material que tem para trabalhar não é da primeira risca. Mas não é perfeito. Uma incerteza que me assola: porque os professores só fazem algumas mudanças óbvias depois que levam um gol e ficam em desvantagem? Foi o caso da troca de Elton, sem função porque o Furacão atacava pouco, pelo mais ofensivo Vinicius. Mas com 1 a 0 contra, o time se estressou e não ajudou as opções que entraram.

 

Evidente que o Bahia pode resgatar a vaga no jogo da volta em Curitiba, mas é muito mais difícil. O melhor vai prosseguir, mas o que me preocupa é a absoluta incapacidade de alguns árbitros no Brasil e na América do Sul de operar um equipamento de vídeo que veio para ajudar, e muito, o futebol. Vão concluir conseguindo destruir esse progressão. Os árbitros de vídeo porque querem desabrochar mais do que o jogo. E os árbitros de campo, porque não têm um pingo de personalidade e segurança para responsabilizar na sua própria marcação, quando esta muitas vezes está correta. Uma vez que no enorme prejuízo que essa parceria causou ao Bahia.

 

 



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