Bastidores: Corinthians não teme perder Hugo Souza e condena "tom desnecessário" do Flamengo
Direção alvinegra entende que clube carioca está fazendo movimento coordenado na tentativa de fazer jogo de cena para a torcida e tirar foco do Timão às vésperas de semifinal da Despensa do Brasil “Não adianta só culpar as administrações anteriores”: Seleção comenta momento financeiro do Corinthians
O Corinthians procura uma solução para concluir a negociação pela compra de 50% dos direitos econômicos de Hugo Souza e prometer a permanência do goleiro pelos próximos anos. Outrossim, a direção alvinegra tenta minimizar os impactos do que considera um movimento coordenado do Flamengo às vésperas da segunda e decisiva partida da semifinal da Despensa do Brasil.
Segundo apurou o ge, o Corinthians entende que a pressão pública feita pelo Flamengo na negociação pelo goleiro tem dois objetivos: minimizar perante o torcedor rubro-negro a perda de um jogador que se destacou por um valor considerado inferior do mercado e aumentar a pressão emocional em cima do goleiro e da equipe dias antes de um jogo que vale vaga na final e premiação milionária.
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Diante disso, a orientação interna é evitar comentar o matéria publicamente e deixar a negociação por Hugo Souza ser conduzida por Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinicius Cascone, diretor jurídico. O presidente Augusto Melo acompanha o caso sem participar de conversas com o rival.
Hugo Souza em ação em Flamengo x Corinthians
André Durão
Há o entendimento no Corinthians de que o Flamengo não esperava o sucesso conquistado por Hugo Souza em pouco mais de 20 jogos e quatro meses atuando em São Paulo. Por isso, segundo pessoas ouvidas pelo ge, a direção do time carioca tem “jogado para a torcida” e usado um tom “desnecessário” ao dificultar a negociação da venda do goleiro, já que não pode mudar os valores pré-acordados em contrato.
Ao todo, o Corinthians deve desembolsar R$ 7,3 milhões para comprar 50% dos direitos econômicos de Hugo Souza. O valor inclui R$ 1 milhão pelo empréstimo, mais R$ 1,5 milhão do pagamento de três multas pelos três jogos em que ele terá enfrentado o Flamengo durante o período emprestado e mais R$ 4,8 milhões referentes à porcentagem dos seus direitos.
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Rodolfo Landim e Augusto Melo na sede da CBF para sorteio da semifinal da Despensa do Brasil
Rafael Ribeiro/CBF
O Flamengo exige que o Corinthians apresente um fiador que garanta o pagamento do valor, previsto em quatro parcelas ao longo de 2025 e 2026, caso o clube paulista venha a atrasar. A justificativa do clube carioca é o delonga na compra de Matheuzinho, em que o Timão não quitou a terceira de cinco parcelas. A mesma fiadora colocada neste negócio foi negada na negociação por Hugo Souza.
Sem chance de melar
O Corinthians descarta qualquer possibilidade de o negócio com Hugo Souza melar. A direção alvinegra procura um novo fiador para apresentar ao Flamengo e obter o sinal positivo para a concretização da venda.
Entenda situação do goleiro Hugo Souza para a semifinal da Despensa do Brasil
O prazo para um acerto entre os clubes é 30 de novembro. A direção alvinegra confia que até lá vai conseguir satisfazer todas as exigências do Flamengo e honrar o que foi firmado no contrato de empréstimo, com o primeiro de quatro pagamentos sendo feito em janeiro de 2025.
Há um acerto com o empresário de Hugo para um contrato válido por cinco temporadas, com o pagamento de luvas e comissões diluídas ao longo do vínculo. O goleiro deve receber uma importante valorização salarial, tornando-se um dos atletas mais muito remunerados no atual elenco.
Pressão além dos bastidores
O Corinthians entende que a pressão feita pelo Flamengo vai além dos bastidores e das questões financeiras. Pessoas ouvidas pelo ge defendem a tese de que o clube carioca tenta desestabilizar Hugo e o elenco para a partida decisiva que será disputada no próximo domingo.
A mudança na data prevista para a partida teria sido o primeiro movimento do Flamengo para mexer no cenário. O Timão não gostou da troca de datas das partidas da Despensa do Brasil e Brasileirão, entendendo que foi prejudicado na disputa para evitar o rebaixamento, grande objetivo do ano.
Marcos Braz, do Flamengo, esteve na posse de Augusto Melo porquê presidente do Corinthians
Emilio Botta
Pressionado pela deposição de Tite e às vésperas de eleição presidencial, o presidente Rodolfo Landim estaria adiante da estratégia de expor o rival antes do confronto decisivo. O mandatário rubro-negro e Augusto Melo não se falam desde o sorteio das datas e mandos de campo da semifinal da Despensa do Brasil.
A relação entre as duas diretorias começou muito, com a presença do diretor de futebol Marcos Braz na posse de Augusto Melo, no início do ano. No entanto, foi criando ruídos com o interesse do Timão em Gabigol e do Fla em Maycon, o delonga no pagamento de Matheuzinho e recentemente no negócio envolvendo Hugo Souza e a troca de datas da semifinal da Despensa do Brasil.
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