Benfica ganha no Bessa novidade ração de crédito | Crónica de jogo

Não foi um passeio – préstimo da entrega dos jogadores do Boavista -, mas o Benfica ganhou no Estádio do Bessa mais uma ração de crédito. Na terceira partida de Bruno Lage avante dos “encarnados”, as “águias” foram quase sempre superiores e, novamente sob decisiva influência turca, conquistaram de forma justa os três pontos: Kerem Aktürkoglu voltou a fazer uma grande exibição e, ainda na primeira segmento, assistiu Vangelis Pavlidis e Orkun Kökçü que marcaram os dois primeiros golos do Benfica. Já no período de descontos, Arthur Cabral fez o 3-0 final em prol dos benfiquistas, na partida que encerrou a jornada 6 da I Liga.




Quatro dias depois de uma vitória (e exibição) sofrida em Belgrado, Bruno Lage delineou para o seu terceiro jogo avante do Benfica uma estratégia com poucas mudanças de nomes no “onze”, mas com um projecto de jogo que contemplava uma pequena novidade. Sem o lesionado Bah, o treinador “encarnado” deixou um simples sinal que Issa Kaboré está longe de ser “reforço” e, para a direita da resguardo, a solução foi Tomás Araújo.

Todavia, a notícia estava no meio-campo. Titular nos dois primeiros jogos de Lage, Rollheiser sentou-se no banco e, no seu lugar, surgiu Ausners. No papel, parecia que o norueguês iria jogar em terrenos próximos de Florentino, com Kökçü mais perto de Pavlidis, mas a teoria do técnico era outra: um 4x3x3, com Ausners e Kokçu a jogarem lado a lado uma vez que médios interiores, avante de Florentino.



A terçar um dos momentos mais críticos dos seus 121 anos de história, o Boavista subiu ao relvado do Bessa sem pressão, sem reforços e sem uma mão enxurrada de jogadores que foram preponderantes para a sofrida manutenção na última quadra. Com cinco surpreendentes pontos conquistados nas primeiras cinco jornadas – exclusivamente perderam pela margem mínima com Sp. Braga e Famalicão -, mas, com um plantel depauperado, o técnico italiano Cristiano Bacci teve de ser, mais uma vez, criativo para edificar um “onze” que, sem os lesionados João Gonçalves, Abascal e Reisinho, fica ainda mais debilitado.

Se na marco o mais jovem guarda-redes a jogar na I Liga (Tomé Sousa) tinha novo teste de incêndio, a resguardo foi remendada com a matéria-prima que havia: no meio estavam duas adaptações (os esquerdinos Bruno Onyemaechi e Filipe Ferreira), na esquerda o médio Joel Silva. Daí para a frente, havia mais experiência e jogadores nas suas posições naturais, mas também mais uma estreia a titular: João Barros, de 18 anos.

As limitações boavisteiras ficavam, porém, flagrantes olhando para quem Bacci tinha sentado ao seu lado. Excluindo Cesar e Namora, os restantes sete suplentes tinham uma média de 19 anos e, antes do início da temporada, um jogo na I Liga.

Perante leste cenário, a incerteza era saber quanto valia a resistência e tenacidade “axadrezada”. A resposta, chegou ao termo de 11 minutos. Mesmo apresentando a entrega e ousadia das primeiras jornadas – Salvador Agra teve nos pés a primeira oportunidade, aos 3’ -, o Boavista cedo se viu em apuros para travar o carrossel orientado por Dí María, Aktürkoglu e companhia, e, já depois de Tomé evitar que Aktürkoglu voltasse a marcar (7’), o extremo turco estendeu a zebra para que Pavlidis regressasse aos golos: o ex-Galatasaray deixou para trás na superfície os defesas que surgiram pela frente e ofereceu ao heleno um golo fácil.

Sem acusarem o golo, os portuenses mantiveram a entrega e Vukotic (17’) e Seba (26’) obrigaram Trubin a defesas atentas. O jogo, porém, mantinha-se sob controlo “encarnado” e, em cima da meia hora, Kökçü voltou a mostrar que, sem as amarras de Schmidt, pode fazer a diferença: depois novidade assistência de Aktürkoglu, o turco rematou de longe e, depois espancar no poste esquerdo, a globo voltou a entrar na marco do Boavista.

A perderem por dois golos e sem soluções no banco que permitissem grandes alterações tácticas, os boavisteiros, revelando coragem, entraram na segunda segmento com vontade de pressionar sempre o portador da globo do Benfica à saída da superfície de Trubin. A audácia de Bacci não teve, porém, qualquer efeito.

Com trunfos de outra qualidade, a equipa de Lage, mesmo jogando com rotações baixas, mantinha-se sempre mais perto do golo do que o justador, mas as substituições foram quebrando o ritmo. Todavia, ainda antes do silvo final, numa das primeiras vezes que tocou na globo, Arthur Cabral aproveitou um erro de Onyemaechi e fechou as contas no 3-0.




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