Bolsonaro faz apelo por anistia a Lula e Moraes: Alguém tem que ceder

Delação de Cid continua sob sigilo. Moraes justificou que há “existência de diligências em curso e outras em fase de deliberação” envolvendo a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que firmou acordo com a PF.

Pela primeira vez, um ex-presidente eleito no período democrático foi indiciado como responsável por tramar contra a democracia. Somente com uma eventual denúncia da PGR é que o STF pode começar a julgar Bolsonaro pelos crimes apontados pela PF. A expectativa é que o caso seja julgado no ano que vem para evitar “contaminar” as eleições de 2026.

Trama incluía até plano de assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Moraes. Estratégia detalhada foi encontrada no HD do general da reserva Mario Fernandes, um dos presos da operação da PF em 19 de novembro, que investigava a tentativa de militares de matar os políticos e o ministro.

As investigações apontaram que os indiciados se estruturaram por divisão de tarefas. Isso teria permitido a “individualização das condutas e a constatação da existência de grupos”, segundo a PF.

Entre os grupos, está o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral e outro responsável por “incitar militares a aderirem golpe de Estado”. Há também o núcleo jurídico, o operacional de apoio às ações golpistas, o de inteligência paralela e o operacional para cumprimento de medidas coercitivas.

Investigação reuniu mensagens de celular, vídeos, gravações e depoimentos da delação premiada de Cid. Em quase dois anos, a equipe da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal reuniu elementos que incluem a minuta de um decreto golpista para decretar “estado de sítio” no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o vídeo de uma reunião ministerial de Bolsonaro na qual o então presidente chega a afirmar que era necessário agir antes das eleições.



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