Bolsonaro se ajoelha e baba nas mãos de Alexandre e Lula: anistia! Não terá
Diz, bem a seu estilo, que “Alexandre tem de ceder”, hipótese em que a Justiça e o juiz se renderiam ao crime. Ceder em quê e para quê? Mais de uma vez, já deixei que claro que o paralelo com a Anistia de 1979 é um despropósito. Para refrescar a memória do “Mito”: criminosos do aparelho de repressão também foram anistiados. Torturaram, praticaram terrorismo e mataram. E também foram alcançados por aquela lei. A Anistia de 1979 era um ponto numa trajetória; um ato num conjunto de atos. O regime militar começava a dar sinais de falência, e era preciso devolver o governo aos civis, que também estavam organizados em defesa da democracia.
Ali se entendeu que o “esquecimento” para fins penais era um caminho para sair da ditadura. A anistia que pede Bolsonaro seria um caminho que nos conduziria à ditadura. O relatório da PF está a todos disponível. Vejam lá como os golpistas do entorno de Bolsonaro coordenavam os acampamentos e neles tinham voz de comando. Assim, anistiar os que atacaram as respectivas sedes dos Três Poderes nos colocaria numa transição para o atraso. A anistia de 1979 foi um instrumento importante NÃO DA PACIFICAÇÃO COM A DITADURA, PORQUE ISSO NUNCA ACONTECEU, MAS DA ORGANIZAÇÃO DA LUTA DEMOCRÁTICA.
Tanto é assim que a Emenda Constitucional nº 26, de 1985, que convoca a Assembleia Nacional Constituinte, tem a anistia como pressuposto no Artigo 4º. Aceitava-se fazer uma nova Constituição para deixar para trás a ditadura e criar a institucionalidade do regime democrático. Como Bolsonaro e sua cachorrada foram derrotados, o país não está passando por transição nenhuma.
Em plena democracia, eleições livres se realizaram, e um grupo houve por bem não respeitar o resultado das urnas. Agora que já sabemos de tudo — basta ler o relatório da PF —, constatamos que esse que agora pede perdão babando no dorso da mão de Alexandre e Lula esteve na liderança de uma articulação golpista desde o primeiro dia de governo.
Não haverá anistia. Golpistas vão para o xilindró.
Volta a admitir que pensou, sim, em estado de sítio. Repete uma confissão. E por que recorreria a instrumento tão drástico, só conjecturável em casos de comoção nacional ou de guerra? Ora, porque ele havia perdido a eleição e não se conformava.
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