Cientistas descobrem queijo de 3.500 anos com múmias na China
A produção de kefir envolve uma comunidade simbiótica de microrganismos. A preservação do queijo ao longo dos milênios mostra que esses víveres fermentados eram altamente resistentes a contaminantes externos, graças à presença de bactérias e fungos benéficos.
A invenção também ajuda a entender as interações culturais entre diferentes povos. Traços de DNA de cabras e bovinos no queijo mostram que o leite utilizado para o kefir era proveniente de múltiplas fontes, ligando as práticas alimentares das populações de Xinjiang a outras partes da Ásia e da Europa.
Aliás, o queijo revela porquê os humanos lidavam com intolerâncias alimentares. A levedação do leite, que reduz os níveis de lactose, era uma estratégia eficiente para possibilitar o consumo de laticínios por populações que, geneticamente, eram intolerantes à lactose.
Esse descoberto arqueológico destaca a relevância da levedação na evolução da dieta humana. Ao estender a vida útil do leite e facilitar sua digestão, a técnica de levedação desempenhou um papel crucial na sobrevivência e saúde de civilizações antigas.
Enigmas arqueológicos
As múmias da Bacia de Tarim são um dos maiores enigmas arqueológicos da Ásia. Datadas de muro de 2.000 a.C., essas múmias foram encontradas no cemitério de Xiaohe na dez de 1990, com fisionomia física “ocidental” e roupas de velo.
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