Coaches estrangeiros que davam 'curso de conquista' de mulheres em SP viram réus; Justiça manda apreender passaporte de brasílico
Eles vão responder pelos crimes de atrair à exploração menores de 18 anos e induzir à exploração mediante fraude com lucro. Polícia Federalista e Ministério Público Federalista tiveram aproximação aos depoimentos de vítimas e de testemunhas do evento realizado na capital paulista, em 2023. Site dos coaches que venderam curso para homens
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A Justiça Federalista de São Paulo tornou réus dois coaches estrangeiros e um brasílico que organizam cursos sobre porquê invadir mulheres. Eles vão responder pelos crimes de atrair à exploração menores de 18 anos e induzir à exploração mediante fraude com lucro.
O trio era investigado desde uma sarau em uma mansão no bairro Morumbi, Zona Sul da capital paulista, em fevereiro do ano pretérito, que fazia segmento de um curso e quando estiveram presentes garotas adolescentes.
O caso corre pela 4ª Vara Criminal Federalista de São Paulo contra o brasílico Fabrício Marcelo Silva de Castro Junior, o chinês Ziqiang Ke, divulgado porquê Mike Pickupalpha, e o norte-americano de nome verdadeiro Mark Thomas Firestone, que se identificava porquê David Bond e Steven Mapel.
Com relação a Fabrício, o juiz aceitou um pedido que foi feito pela Polícia Social e pelo Ministério Público Federalista para que fosse apreendido o passaporte e para que a Polícia Federalista fosse comunicada e impedisse a saída dele do país ainda que com um RG para países do Mercosul.
“A medida se mostra necessária para emprego da lei penal, tendo em vista que a segmento acusada possui passaporte e visto americano e está sendo acusada de atuar em unidade de tenção com o americano.”
A resguardo dos três citados não foi localizada até a última atualização desta reportagem.
“Obtiveram significativos ganhos financeiros a partir da exploração sexual de mulheres brasileiras, em prática conhecida porquê ‘turismo sexual’, uma vez que os encontros são realizados em países em desenvolvimento, nos quais as mulheres são tratadas porquê objeto sexual e atraídas pelas facilidades econômicas oferecidas pelos estrangeiros”, escreveu na sintoma no processo o procurador da República Michel Fracois Drizul Havrenne.
Relembre o caso
O evento no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, foi promovido por Mike Pickupalpha e David Bond, do site Millionaire Social Circle (“Círculo Social de Milionários”).
O contrato de locação do imóvel foi assinado por Mike e Fabrício Castro, o brasílico que se diz “mentor de homens” e chegou a receber R$ 5.950 em auxílio emergencial na pandemia de Covid-19 enquanto vendia cursos.
Fabrício também foi indiciado anteriormente pela Polícia Social do 34º DP de São Paulo suspeito de ajudar a dupla. O rapaz foi ouvido de forma online no dia 27 de julho de 2023.
Entre vítimas de 17 a 24 anos e testemunhas, 17 pessoas foram ouvidas pelo 34º DP. Em nota anterior, a resguardo do brasílico informou que discordava do indiciamento e que “iria provar judicialmente a sua inocência”.
Divulgação da próxima viagem do grupo
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Adolescentes em mansão
Imagens voltaram ao site dos coaches estrangeiros
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Procurado pelo g1 na quadra, o pai de uma jovem de 17 anos reconheceu porquê sendo a filha dele em imagens feitas na sarau. A pequena confirmou à família ter divulgado pela internet Mike Pickupalpha, um dos mentores, saído com ele e viajado.
A presença dela na sarau foi mostrada pelo Fantástico e o pai conversou com o g1. Sobre a sarau, a jovem contou que “não queria que fosse gravada e não queria tirar fotos”. Os dois apareceram em um vídeo comendo comida japonesa postado no perfil do curso e abraçados na praia.
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Outra moçoila menor de idade, conforme escolhido pela reportagem, esteve na sarau a invitação de uma amiga maior de idade. A portanto jovem consumiu bebida alcoólica e saiu com um dos alunos.
A relação foi consensual, mas ela não sabia que o grupo fazia segmento de um curso de conquista.
Teor excluído
No site Millionaire Social Circle (“Círculo Social de Milionários”) todos os textos e fotos relacionados com as viagens por países porquê Costa Rica, Colômbia e Filipinas, que chegaram a ser tirados, retornaram. O site, no entanto, voltou sem o clipe do programa no Brasil.
A conta do TikTok do “MSC” que chegou a permanecer no modo privado, o meato do YouTube que tinha somente o vídeo de uma partida de videogame, e o perfil do curso no Instagram, que havia sido encerrado, todos voltaram à ativa.
Site voltou com clipes das viagens aos outros países
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Sindicância policial
‘Não fui obrigada, mas fui aliciada, manipulada para estar ali’, diz uma das mulheres usadas porquê ‘cobaia’ por coaches para curso de pegação
Ao menos duas mulheres registraram na Polícia Social de São Paulo que conheceram “alunos” dos coaches pela internet, foram a um jantar em grupo e dias depois estiveram na sarau.
Nas duas situações foram feitos vídeos usados em peças publicitárias do curso sobre porquê invadir mulheres, segundo elas. Os organizadores negaram que os registros foram para publicidade.
As duas jovens e outras duas ouvidas pelo g1 afirmaram que não sabiam que o grupo estrangeiro participava de um curso (veja aquém os relatos).
Mike já apareceu em canais no Youtube filmando mulheres com câmeras aparentemente escondidas em diversos países. Já David Bond dizia ser um perito em namoro on-line e produtor de teor do dedo.
O curso
Proclamação no site dos coaches antes de ser sumido
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O curso, oferecido a estrangeiros de vários países, cobrava a partir de US$ 12 milénio (tapume de R$ 63 milénio) em troca de consultoria de conquista e viagem de duas semanas para qualquer país. Além do Brasil, houve edições na Costa Rica (em fevereiro de 2022), Colômbia (julho de 2022) e Filipinas (agosto de 2022).
O pacote com seis países, chamado de World Tour, saía por US$ 50 milénio (tapume de R$ 262,7 milénio), segundo o site do grupo.
“Venha explorar com David e Mike e conheça as mulheres brasileiras ao volta do mundo que são conhecidas por serem divertidas, curvilíneas e apaixonadas”, disse o proclamação da viagem ao Brasil.
Em um vídeo, a dupla exibia o kit a ser levado na bagagem: pílulas do dia seguinte, usadas para evitar gravidez em relações sexuais sem preventivo, camisinhas e perfumes com feromônios — que supostamente secretariam substâncias para invocar atenção das mulheres.
O que disseram as mulheres
Sarau realizada em mansão de São Paulo
Registro
A mulher que registrou o boletim de ocorrência disse ter visto vídeos publicados em que ela aparecia com os alunos da “mentoria” de conquista. Foi o que a fez querer denunciar. Ela disse ter divulgado um rapaz no Tinder e sido convidada a jantar com “amigos” dele.
“Saímos algumas vezes até ele me invitar para o jantar, que me disse que seria com amigos deles. Foi normal [o jantar] e conversamos sobre assuntos tranquilos, até porque eu queria praticar o inglês. Ficavam filmando o tempo todo e eu tentava me esquivar porque não paladar que me filmem”, lembrou.
No dia seguinte, a brasileira foi convidada pelo varão para a sarau na mansão.
“Na sarau tinha muitas mulheres e nem todas sabiam falar inglês. Havia funcionários, DJ, garçons. Uma das mulheres me disse que foi [à festa] por culpa de um proclamação e aí achei estranho, porque ela disse que pagaram o transporte também. Eu achei que era um pouco mais reservado.”
A outra mulher que foi à sarau na mansão também conheceu pelo Tinder o varão que a chamou. Ela disse que deu “match” com um americano e foi convidada para jantar. O rapaz contou que fazia segmento de um grupo de negócios e a convidou para um primeiro encontro.
Lá, afirmou, havia outras mulheres que estavam com os “amigos” dele. Ela não sabia, mas eram outros alunos do curso.
“Conheci outras meninas brasileiras lá e até gostei, porque eu não sei muito muito inglês. Era um restaurante muito chique, até exagerado. O rapaz que eu saí me tratou muito normal, muito de início, criando um vínculo. Tinha gente de vários países. Não me senti desconfortável naquele momento.”
Coaches dizem estar orgulhosos do grupo que esteve no Brasil
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O encontro foi antes da sarau. Dias depois, ela recebeu um invitação para colocar dados pessoais e fazer segmento da lista do evento.
“Não fiquei até o termo da sarau. Interagi mais com a meninas que conheci no jantar, mas conheci uma menor de idade que disse que conhecia pessoas na organização. Disse que logo faria 18 anos, mas estava numa sarau de comida e bebidas à vontade. Não vi ela ficando com ninguém, mas disse que se sentiu incomodada ao ter visto um par fazendo sexo em um dos quartos.”
O que disseram ‘Mike’ e ‘David’
Vídeo feito antes da viagem ao Brasil
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Mike Pickupalpha, do site Millionaire Social Circle, falou com o g1 em março do ano pretérito. Perguntado por mais de uma vez se informava as mulheres de que a sarau era lição prática do curso de conquista, não respondeu.
“Foi uma sarau coorganizada com meus amigos brasileiros. Alguns trouxeram suas próprias namoradas. Uma sarau com adultos que escolheram estar lá por livre e espontânea vontade. Comida, segurança e transporte adequado foram fornecidos.”
Perguntado sobre menores de idade no evento, o coach não negou, mas disse possivelmente possuir câmeras de segurança no lugar. “No formulário de candidatura dissemos que era preciso ter mais de 18 anos e pedimos à segurança para revistar e revistar todos.”
Invitação enviado para cadastro para a sarau em São Paulo
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Confira a íntegra da nota de Fabrício na quadra do indiciamento:
“A participação do Sr. Fabricio resume-se à intermediação do contrato de locação, uma vez que, o locador do imóvel exigiu que o contrato fosse assinado por um brasílico, não sendo recebido a formalização do aluguel em questão por estrangeiro.
Além da intermediação da locação do imóvel, o Sr. Fabricio, pelo indumento de saber diversas pessoas na região de São Paulo, tão somente viabilizou a contratação de DJ’s e sistemas de som.
À exceção das duas ocasiões supra retratadas, participou do evento somente porquê convidado. Informa, ainda, que conhece o Sr. Mike desde 2017, quando oriente realizou uma visitante ao Brasil a fins de turismo, conduzindo-o a uma visitante pelo Conjunto de Favelas da Rocinha, no município do Rio de Janeiro/RJ.
Durante o período em que esteve no evento descrito nesta reportagem, não teve conhecimento, tampouco vislumbrou indícios da existência de mulheres menores de idade no recinto.”
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