Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

Vítima foi encontrada em um muro no quintal da mansão de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o transgressão

Quase sete meses depois o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Social do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de fiscalização odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Lícito do Rio e tal qual resultado foi divulgado pela Polícia Social nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da mansão de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o transgressão.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do transgressão seria uma questão familiar, disse a advogada. A resguardo de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do transgressão e classificou a confissão de Fadiga uma vez que “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O parelha vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o sege no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do meio mercantil, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões uma vez que resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela fundura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um varão de crédito da família e o mandante do transgressão. Ele se apresentava uma vez que policial federalista, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um parelha de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram chegada aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Orbe, foi verosímil fundamentar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente remunerar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 milénio e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à obtenção dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Teor
Publicado por Marcelo Bamonte



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