CPLP cria rede para preservar e vulgarizar patrimônio histórico

Integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre eles o Brasil, criaram a Rede de Arquivos Nacionais da instituição (RAN-CPLP), que vai funcionar porquê um instrumento de cooperação para substanciar os laços entre os Arquivos Nacionais e/ou entidades equivalentes dos estados-membros. A intenção é, por meio de um espaço de diálogo permanente, preservar, valorizar e vulgarizar o patrimônio histórico e documental dos países que compõem a comunidade.

A rede foi criada durante a Conferência Internacional sobre Arquivos Históricos realizada pela instituição em Luanda, com participação do Registro Pátrio (AN) do Brasil, da Dataprev e da secretaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).


RIO DE JANEIRO (RJ), 07/07/2023 - A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto durante seminário O caso do navio escravagista Camargo, no Arquivo Nacional. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
RIO DE JANEIRO (RJ), 07/07/2023 - A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto durante seminário O caso do navio escravagista Camargo, no Arquivo Nacional. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Diretora-geral do Registro Pátrio, Ana Flávia Magalhães Pinto. Foto: Tomaz Silva/Escritório Brasil

A diretora-geral do Registro Pátrio, Ana Flávia Magalhães Pinto participou da elaboração da Enunciação de Compromisso e Estatutos.

“A geração da Rede de Arquivos Nacionais da CPLP é um passo importante para o estabelecimento de ações de cooperação internacional atentas aos desafios da transformação do dedo e com foco na promoção do recta à memória, considerando as semelhanças e as diferenças entre os países membros. Além da língua, de elementos culturais e de estarmos, em maioria, geopoliticamente  posicionados no Sul Global, temos em geral também impasses gerados pelo traumatismo do colonialismo, da escravidão e do racismo”, ressalta Ana Flávia.

“Trata-se de um tema sensível, mas incontornável.Especificamente a agenda dos arquivos oferece caminhos interessantes para lidarmos com tudo isso sem resvalarmos para antagonismos infrutíferos ou silenciamentos perigosos. Estamos há dois anos dos 30 anos da CPLP e a consolidação dessa rede tem o potencial estratégico de apresentar soluções para problemas relevantes.” 

Entre outros focos da rede estão estimular os Arquivos Nacionais para a adoção de melhores práticas de preservação e gestão documental; fabricar e dinamizar uma estrutura de cooperação multilateral com base no interconhecimento buscando a colaboração entre os arquivos nacionais dos Estados-Membros da CPLP.

Próximos passos

O Projecto de Atividades Anual da RAN-CPLP prestes para o período 2024-2025, define a cooperação contínua e o desenvolvimento de ações conjuntas, porquê a geração e implementação de um espaço do dedo geral na página da CPLP; programa de formação e capacitação técnica para profissionais de arquivos; o desenvolvimento de projetos de cooperação multilateral, promovendo a partilha de recursos e conhecimentos; e a realização de um estudo abrangente sobre a situação dos Arquivos Nacionais dos integrantes da CPLP.

Os encontros da rede ocorrerão em reuniões periódicas que vão julgar o progressão das iniciativas e discutir novas oportunidades de colaboração. Para 2025, já estão previstas a segunda Câmara Universal da RAN-CPLP no quadro da Capital da Cultura da CPLP, em São Tomé, e um Seminário de Cooperação Internacional sobre Arquivos.

A CPLP reúne os países que têm o português porquê língua solene. Além de Portugal, fazem secção desse grupo nações que, ao longo de sua história, foram colonizadas pelo velho Predomínio Português.

Além do Brasil, compõem o grupo os países africanos Angola, Cabo Verdejante, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e o asiático Timor Leste.  



Publicar comentário

You May Have Missed