Cruel e com 'olhos assassinos': domínio que interrogou Yahya Sinwar por 180 horas diz que encarregado do Hamas era implacável
Ex-oficial da lucidez de Israel afirma que terrorista sonhava em matar judeus e estreitou laços com o Irã na ergástulo. Sinwar era espargido porquê ‘Magarefe de Khan Younis’, por fuzilar pessoas com um facão. Yahya Sinwar em mesquita em Rafah em 24 de fevereiro de 2017.
Said Khatib/AFP
Yahya Sinwar, encarregado do Hamas morto por Israel na quarta-feira (16), era um varão “cruel” e com “olhos assassinos”, segundo o ex-oficial da lucidez de Israel Michael Koubi. Há mais de 20 anos, ele interrogou o terrorista por 180 horas dentro de uma prisão israelense.
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Israel anunciou que matou Sinwar na quinta-feira (17). Ele era o número 1 do Hamas há dois meses e foi assassinado dentro da Tira de Gaza durante um confronto com soldados israelenses.
Sinwar foi recluso no termo da dez de 1980 e passou 23 anos em prisões israelenses. O terrorista foi libertado em 2011 em troca de um soldado de Israel que havia sido sequestrado pelo Hamas. Para o ex-oficial da lucidez, essa operação foi um erro.
“Eu sabia que, se ele estivesse fora, ele causaria muitos problemas para os israelenses”, afirmou.
Koubi era o encarregado do departamento de interrogatório no Shin Beit de Israel quando o integrante do Hamas foi recluso. Ele afirma que conhecia Sinwar melhor que a própria mãe do terrorista.
Em entrevista à sucursal Reuters em dezembro de 2023, o ex-oficial afirmou que o Sinwar foi a pessoa mais cruel que ele conheceu.
“Ele matou pelo menos 12 pessoas na Tira de Gaza. Ele suspeitava que elas cooperavam com a lucidez israelense, logo ele as matou com um facão de carniceiro. É por isso que os palestinos o chamam de ‘O Magarefe de Khan Younis’. Esse era o nome dele”, contou.
Segundo Koubi, Sinwar pensava o tempo todo em porquê matar israelenses, independentemente se as vítimas seriam mulheres ou crianças. O ex-oficial garante que, durante o interrogatório, o terrorista confessou que queria fuzilar judeus com um facão.
“Yahya Sinwar era um varão delinquente, ele tinha olhos de delinquente”, lembrou. “Ele queria matar judeus com facão, esse era o sonho dele. Ele me disse que o melhor era matá-los com facão. E o que aconteceu em 7 de outubro? Eles usaram facões e, também, armas e rifles.”
Koubi disse ainda que Sinwar não tinha planos de ter uma família. Durante o interrogatório, o terrorista teria dito que o Hamas era tudo para ele.
Segundo o ex-oficial, o terrorista matou três prisioneiros palestinos dentro da ergástulo porque suspeitava que eles colaboravam com as forças israelenses.
Mesmo na prisão, Sinwar tinha possante poder de influência e planejava ataques contra Israel. “Ele fez a conexão entre o Hamas e os iranianos, quando ele estava na prisão. Ele recebeu do Irã muitos, muitos mísseis e outras armas”, afirma Koubi.
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A morte
Sinwar é considerado o principal mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel e matou tapume de 1.200 pessoas, além de sequestrar outras 230. Israel jurou Sinwar de morte no dia seguinte.
De entendimento com as autoridades, Sinwar morreu durante um confronto com soldados israelenses dentro de uma residência em Rafah, no sul de Gaza. A região foi onde Sinwar nasceu e cresceu.
Em pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou Sinwar de “destruir suas vidas” e disse que a morte do terrorista “não significa que a guerra acabou”.
A caçada por Sinwar durou mais de um ano e motivou “dezenas de ações realizadas pelas Forças Armadas e pelo Shin Bet [o serviço secreto israelense]”, segundo o porta-voz do Tropa de Israel, Daniel Hagari.
Nascido e desenvolvido na Tira de Gaza, Sinwar era o líder do Hamas que mais conhecia o território, o que dificultou as operações de Israel. A estratégia, segundo o porta-voz, foi cercá-lo a partir de ataques ao volta de áreas onde o serviço de lucidez identificava que ele poderia estar.
Quem foi Yahya Sinwar
Depois de seis anos sendo o encarregado do Hamas na Tira de Gaza e o número 2 na jerarquia do grupo, Sinwar foi nomeado em agosto o comandante sumo do grupo terrorista, em seguida a morte de Haniyeh.
Desde que virou comandante o paradeiro de Sinwar era secreto. No entanto, o perfil do terrorista deu pistas a Israel, já que ele tinha uma relação de proximidade com moradores do território.
Eleito por meio de votações secretas, Yahia Sinwar governou a Tira de Gaza por seis anos. Antes disso, ele passou 23 anos em prisões israelenses, réprobo a quatro penas de prisão perpétua pela morte de dois soldados e de quatro palestinos ligados a Israel.
O terrorista foi libertado em 2011, com mais 1.026 prisioneiros palestinos. Em troca, Israel recebeu de volta o soldado Gilad Shalit, que havia sido sequestrado cinco anos antes pelo Hamas.
Sinwar falava e escrevia judio fluentemente — ele disse que, enquanto esteve recluso, dedicou-se a estudar o inimigo.
Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, ele redigiu, à mão e em judio, uma mensagem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com exclusivamente duas palavras: “risco calculado”.
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