Dinamarca é acusada de racismo em política habitacional voltada a migrantes
A Dinamarca deve responder às acusações do Tribunal de Justiça Europeu (TJE) nesta segunda-feira (30) de que a sua política de destruir bairros com possante presença de minorias para promover a integração equivale a discriminação racial.
O país nórdico introduziu em 2018 o que chamou de pacote do gueto, um projecto questionável para modificar radicalmente certas zonas residenciais, inclusive demolindo unidades de habitação social para espalhar os residentes.
Conhecida pelas suas políticas de imigração rigorosas, a Dinamarca teve relativo sucesso na integração de migrantes de países não ocidentais, com elevada proficiência linguística e taxas de trabalho, mas enfrentou uma reação negativa por secção daqueles afetados pelo projecto de 2018.
No cerne da questão está se o uso do termo “origem étnica” pela Dinamarca, frequentemente usado para descrever pessoas negras ao qualificar bairros de guetos, é racialmente discriminatório.
A Dinamarca define áreas com mais de 1.000 residentes porquê guetos se mais de 50% forem “imigrantes e seus descendentes de países não ocidentais” e onde pelo menos dois outros critérios sobre instrução, rendimento, violação e participação na força de trabalho forem cumpridos.
Uma dúzia de residentes de Mjolnerparken, uma extensão residencial em Copenhague, abriu pela primeira vez um processo contra o ministério dos assuntos sociais da Dinamarca em 2020, depois de enfrentarem detrito.
Em 2023, um tribunal dinamarquês solicitou uma audiência prévio do TJE para instituir se o termo “origem étnica” deveria ser interpretado porquê incluindo origem “não ocidental” e, em caso positivo, se isso era discriminatório.
Eddie Khawaja, jurisperito dos residentes, disse que os demandantes se sentiram estigmatizados.
“Eles sentem-se ofendidos pelo vestuário de no oração quotidiano, na legislação, em todas as propostas políticas que envolvem isto, terem sido referidos porquê residentes de áreas de gueto”, disse Khawaja.
O ministério dos assuntos sociais da Dinamarca recusou-se a comentar, dizendo que não discutia casos em curso.
Mal o TJE chegar a uma epílogo, o caso regressará ao tribunal dinamarquês, que decidirá porquê utilizar a decisão.
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