Dólar sobe para R$ 5,61 e fecha no maior valor em um mês

Em um dia de tensão no mercado financeiro, o dólar superou a barreira de R$ 5,60 e fechou no maior valor em um mês. A bolsa de valores reverteu a subida da quinta-feira (10) e acumula recuo de mais de 1% na semana.

O dólar mercantil encerrou esta sexta-feira (11) vendido a R$ 5,615, com subida de R$ 0,027 (+0,5%). A cotação chegou a iniciar em baixa, mas passou a subir posteriormente uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a possibilidade de preconizar a tira de isenção do Imposto de Renda para além de R$ 5 milénio em troca da taxação dos super-ricos.

Na máxima do dia, por volta das 10h55, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,65. A lema está na maior cotação desde 12 de setembro. Na semana, o dólar acumula subida de 0,36%.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.992 pontos, com recuo de 0,28%. O indicador chegou a desabar 0,78% pouco antes das 11h, mas o ritmo de queda diminuiu porque as ações de mineradores subiram com a expectativa de anúncios de estímulos econômicos pelo governo chinês, grande consumidor de metais brasileiros. Na semana, o Ibovespa caiu 1,37%.

Tanto o dólar porquê a bolsa foram na contramão do mercado financeiro internacional. O dólar caiu perante as principais moedas de países emergentes, e a bolsa norte-americana subiu, posteriormente a divulgação de que a inflação ao produtor nos Estados Unidos ficou inabalável em setembro, inferior do previsto.

No entanto, as declarações do presidente Lula sobre a tábua de isenção do Imposto de Renda foram mal recebidas. Embora o presidente tenha dito que a elevação da tira de isenção seria bancada com a taxação de super-ricos, em risca com o que ocorre em diversos países, os investidores manifestaram suspicácia da capacidade de o Congresso concordar um aumento de tributos para fornecer recursos para satisfazer a promessa de campanha do governo.

*Com informações da Reuters



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