Em 15 capitais, eleitores escolherão prefeitos em segundo vez
A ida dos eleitores às urnas no último domingo (6) selou a eleição para prefeito em 11 das 26 capitais do país. Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Maceió (AL), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luis (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES) já sabem quem será o prefeito pelos próximos quatro anos.
Das 11 vitórias garantidas em primeiro vez, dez são de prefeitos que já ocupavam o missão e foram reeleitos. A única exceção é em Teresina. Lá, Silvio Mendes assumirá a cadeira hoje ocupada por Dr. Pessoa. O atual prefeito disputou as eleições, mas ficou em terceiro lugar, com 2,20% dos votos válidos.
Outras 15 capitais terão segundo vez. Os eleitores de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Jubiloso (RS), Porto Velho (RO) e São Paulo (SP) deverão voltar às urnas no dia 27 de outubro.
Em algumas capitais, a eleição esteve perto de ser resolvida ontem mesmo, mas por menos de 1% de votos o primeiro posto não conseguiu evitar o segundo vez. Em João Pessoa, Cícero Lucena terminou com 49,16% dos votos, contra 21,77% de Marcelo Queiroga (PL). Os dois seguem em campanha.
Situação parecida ocorreu em Porto Jubiloso. Com 49,72% dos votos, Sebastião Melo (MDB) enfrentará Maria do Rosário (PT) no segundo vez. A petista teve 26,28% dos votos.
O cenário oposto foi visto em São Paulo. Última capital a definir os nomes do segundo vez, a cidade acompanhou durante muro de quatro horas um empate técnico triplo entre Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB). No término, Nunes e Boulos seguiram para o segundo vez, mas a diferença do emedebista, primeiro posto, para Marçal foi de pouco mais de 81 milénio votos, ou 1,34%. Já a diferença entre Nunes e Boulos foi de 0,41%, totalizando meros 25 milénio votos.
Em Goiânia, Fred Rodrigues (PL) estava em terceiro nas pesquisas na véspera do pleito, mas fechou o primeiro vez uma vez que o mais votado, com 31,14% dos votos válidos. Disputará o segundo vez com Sandro Mabel (União), que teve 27,66% dos votos e jogou Adriana Accorsi (PT), que figurava em segundo nas pesquisas, para o terceiro lugar. Em Campo Grande, o segundo vez será disputado por duas mulheres, Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União).
Partidos
As eleições nas capitais do país mostraram uma predominância de partidos de meio e do PL, de direita. Em todos os cenários de segundo vez existem candidatos do PL ou de partidos de meio. Em alguns casos, ambos.
Das 11 capitais que resolveram a eleição em primeiro vez, os partidos de meio venceram em oito. O PSD venceu em três capitais, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Luis. Com duas eleições em primeiro vez, estão o União Brasil (Salvador e Teresina) e o MDB (Boa Vista e Macapá). Em Vitória, o Republicanos conquistou a vitória em primeiro vez.
Os partidos de meio são aqueles que não têm a mesma crença ideológica das legendas de esquerda ou de direita e, por isso, costumam transitar mais na base dos governos, negociando postos nesses governos em troca de suporte. O MDB, PSD, PP e União Brasil são alguns dos expoentes do chamado “centrão”.
Já o PL elegeu em primeiro vez candidatos em Maceió e Rio Branco. Em Recife, a eleição em primeiro vez foi do PSB de João Campos. Entre as capitais, foi a única vitória de um partido de esquerda ou centro-esquerda no último domingo.
Segundo vez
O PL garantiu lugar no segundo vez em nove capitais: Aracaju, Belo Horizonte, Belém, Cuiabá, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus e Palmas. Já o União Brasil e o PT estão no segundo vez em quatro capitais e o MDB em três capitais. Com candidatos ainda na disputa em 2 capitais estão o PSD, PP e Podemos. Com um candidato no segundo vez estão o PDT, PSOL, PMB e Avante.
Confira na Escritório Brasil quem foram os vereadores e prefeitos eleitos e quem vai para o segundo vez.
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