Enquanto estava na Globo, Rodrigo Bocardi cobrava R$ 55 mil por hora em mentoria
Rodrigo Bocardi, renomado jornalista e ex-apresentador do “Bom Dia São Paulo”, teve sua demissão anunciada pela Globo no dia 30 de janeiro de 2025, após 25 anos de atuação na emissora. A saída do comunicador ocorreu devido a irregularidades apontadas pelo compliance da empresa, relacionadas ao descumprimento de normas éticas internas. O motivo central da rescisão foi a descoberta de que Bocardi mantinha um serviço de media training para políticos e empresários sem a devida autorização da emissora, cobrando valores que chegaram a R$ 55 mil por hora. A revelação trouxe à tona um possível conflito de interesses, visto que a atividade exercida pelo jornalista poderia comprometer a imparcialidade da cobertura jornalística da Globo. Além do treinamento de executivos, ele também realizava palestras e eventos corporativos com remuneração elevada, sem que essas atividades fossem devidamente comunicadas à emissora.
A investigação revelou que, somente em outubro de 2023, Bocardi ministrou dez sessões de media training, totalizando um faturamento de R$ 550 mil. Os serviços oferecidos incluíam treinamento de postura diante das câmeras, preparação para entrevistas e orientações sobre como se portar em situações de crise perante a imprensa. Apesar de a prática ser permitida pela Globo, a regra imposta aos funcionários exige que qualquer trabalho externo seja previamente aprovado, o que não aconteceu no caso do jornalista. A falta dessa comunicação foi um fator determinante para sua demissão.
Além dos valores milionários arrecadados em consultorias particulares, Bocardi também teve seus vínculos financeiros com o Bradesco revelados. Entre 2017 e 2023, empresas ligadas ao jornalista emitiram notas fiscais que somaram R$ 754 mil por serviços prestados ao banco, incluindo palestras, consultoria, media training e apresentações de eventos. Esse envolvimento com o setor privado, sem a devida comunicação à Globo, intensificou a gravidade da infração e resultou na rescisão do contrato.
O impacto do compliance e a política de ética da Globo
A demissão de Rodrigo Bocardi reforça o rigor da política de compliance da TV Globo. A emissora possui diretrizes internas que regulamentam as atividades de seus jornalistas fora do ambiente de trabalho, justamente para evitar possíveis conflitos de interesse e garantir a imparcialidade na cobertura de notícias. A empresa exige que qualquer atividade externa seja previamente comunicada e aprovada, especialmente aquelas que envolvem relacionamento com empresas ou personalidades que podem se tornar alvo de reportagens jornalísticas.
O setor de compliance da Globo tem fortalecido seu papel nos últimos anos, adotando critérios cada vez mais rígidos para garantir a transparência nas relações entre seus profissionais e o mercado. Nos últimos anos, casos semelhantes já resultaram em desligamentos de outros profissionais, o que demonstra a intolerância da empresa com desvios de conduta e práticas que possam comprometer sua credibilidade. A falta de comunicação prévia sobre os serviços prestados por Bocardi foi o principal fator que levou à sua demissão, evidenciando que a emissora mantém um controle rigoroso sobre seus colaboradores.
Detalhes sobre os serviços de media training oferecidos por Bocardi
Os serviços oferecidos pelo jornalista incluíam treinamentos personalizados voltados para empresários, políticos e figuras públicas que precisavam melhorar sua performance diante das câmeras. Durante essas sessões, Bocardi fornecia orientações sobre como se comportar durante entrevistas, controlar gestos, evitar armadilhas de perguntas e construir uma imagem pública mais assertiva. O treinamento era altamente valorizado, especialmente por executivos que frequentemente lidam com a imprensa e precisam transmitir segurança e credibilidade ao público.
Entre os principais benefícios do media training oferecido estavam:
- Técnicas de comunicação verbal e não verbal.
- Estratégias para evitar respostas comprometedoras.
- Simulação de entrevistas para aprimorar a desenvoltura do cliente.
- Gerenciamento de crises e orientações para lidar com questionamentos difíceis.
- Postura corporal e controle da linguagem gestual diante das câmeras.
A alta demanda por esse tipo de treinamento no mercado corporativo fez com que os serviços de Bocardi fossem amplamente requisitados, permitindo que ele cobrasse valores elevados por hora. No entanto, a ausência de comunicação prévia com a Globo e o possível favorecimento de clientes em entrevistas jornalísticas foram fatores determinantes para sua demissão.
Os impactos do caso no jornalismo e na credibilidade da Globo
A repercussão do caso gerou debates sobre a relação entre jornalistas e empresas privadas, especialmente em um momento em que a transparência na imprensa se tornou um tema central. A atuação de Bocardi em treinamentos para figuras públicas levanta questionamentos sobre até que ponto jornalistas podem se envolver com o setor corporativo sem comprometer a isenção editorial. Especialistas em ética jornalística destacam que o vínculo de um comunicador com empresas privadas pode representar um risco para a credibilidade da informação transmitida ao público.
A Globo, por sua vez, reforçou que a decisão de desligar Bocardi foi tomada com base em sua política de compliance, que busca manter a separação entre os interesses comerciais de seus profissionais e a independência editorial da emissora. O caso gerou reflexões dentro da empresa sobre a necessidade de reforçar ainda mais os mecanismos de controle para evitar situações similares no futuro.
Histórico de outras demissões por descumprimento de normas éticas
A TV Globo já enfrentou casos anteriores de demissões motivadas por descumprimento de normas internas. Outros jornalistas e apresentadores foram desligados ao longo dos anos por envolvimento em atividades paralelas sem autorização da emissora. Alguns exemplos incluem:
- William Waack (2017) – Foi demitido após um vídeo de bastidores vazar com comentários considerados racistas.
- Mauro Naves (2019) – Envolvido no caso Neymar, por intermediar contatos entre advogados da acusação e o pai do jogador, sem informar à Globo.
- Marcos Uchôa (2022) – Optou por deixar a emissora após discordâncias com as políticas editoriais e limitações impostas pela empresa.
Esses casos ilustram como a emissora mantém um posicionamento firme quando se trata de preservar sua reputação e afastar qualquer profissional que possa comprometer sua credibilidade.
O que Bocardi disse após a demissão?
Até o momento, Rodrigo Bocardi se pronunciou apenas por meio de notas divulgadas por sua equipe. O jornalista negou qualquer irregularidade e afirmou que sempre atuou de forma ética e independente. Ele declarou que suas atividades fora da Globo nunca comprometeram sua conduta jornalística e que pretende recorrer às vias legais para esclarecer a situação.
Segundo pessoas próximas ao apresentador, ele já estaria analisando propostas para retornar à TV por meio de outras emissoras. Seu nome tem sido cogitado para integrar novas plataformas de comunicação, incluindo o streaming e canais de notícias independentes.
Possíveis desdobramentos e o futuro de Bocardi
O futuro de Rodrigo Bocardi no jornalismo ainda é incerto, mas especialistas acreditam que ele poderá seguir carreira de forma independente, explorando o mercado digital e corporativo. A experiência adquirida ao longo de 25 anos na Globo e sua credibilidade no meio jornalístico podem abrir portas para novas oportunidades, seja em veículos tradicionais ou em projetos próprios.
O caso levanta um debate mais amplo sobre a relação entre jornalistas e o setor privado, especialmente em tempos de mídias digitais, onde profissionais da comunicação têm explorado novas formas de monetização. A demissão de Bocardi reforça a necessidade de que as empresas de mídia estabeleçam diretrizes claras sobre os limites entre atuação jornalística e consultorias particulares.
Rodrigo Bocardi, renomado jornalista e ex-apresentador do “Bom Dia São Paulo”, teve sua demissão anunciada pela Globo no dia 30 de janeiro de 2025, após 25 anos de atuação na emissora. A saída do comunicador ocorreu devido a irregularidades apontadas pelo compliance da empresa, relacionadas ao descumprimento de normas éticas internas. O motivo central da rescisão foi a descoberta de que Bocardi mantinha um serviço de media training para políticos e empresários sem a devida autorização da emissora, cobrando valores que chegaram a R$ 55 mil por hora. A revelação trouxe à tona um possível conflito de interesses, visto que a atividade exercida pelo jornalista poderia comprometer a imparcialidade da cobertura jornalística da Globo. Além do treinamento de executivos, ele também realizava palestras e eventos corporativos com remuneração elevada, sem que essas atividades fossem devidamente comunicadas à emissora.
A investigação revelou que, somente em outubro de 2023, Bocardi ministrou dez sessões de media training, totalizando um faturamento de R$ 550 mil. Os serviços oferecidos incluíam treinamento de postura diante das câmeras, preparação para entrevistas e orientações sobre como se portar em situações de crise perante a imprensa. Apesar de a prática ser permitida pela Globo, a regra imposta aos funcionários exige que qualquer trabalho externo seja previamente aprovado, o que não aconteceu no caso do jornalista. A falta dessa comunicação foi um fator determinante para sua demissão.
Além dos valores milionários arrecadados em consultorias particulares, Bocardi também teve seus vínculos financeiros com o Bradesco revelados. Entre 2017 e 2023, empresas ligadas ao jornalista emitiram notas fiscais que somaram R$ 754 mil por serviços prestados ao banco, incluindo palestras, consultoria, media training e apresentações de eventos. Esse envolvimento com o setor privado, sem a devida comunicação à Globo, intensificou a gravidade da infração e resultou na rescisão do contrato.
O impacto do compliance e a política de ética da Globo
A demissão de Rodrigo Bocardi reforça o rigor da política de compliance da TV Globo. A emissora possui diretrizes internas que regulamentam as atividades de seus jornalistas fora do ambiente de trabalho, justamente para evitar possíveis conflitos de interesse e garantir a imparcialidade na cobertura de notícias. A empresa exige que qualquer atividade externa seja previamente comunicada e aprovada, especialmente aquelas que envolvem relacionamento com empresas ou personalidades que podem se tornar alvo de reportagens jornalísticas.
O setor de compliance da Globo tem fortalecido seu papel nos últimos anos, adotando critérios cada vez mais rígidos para garantir a transparência nas relações entre seus profissionais e o mercado. Nos últimos anos, casos semelhantes já resultaram em desligamentos de outros profissionais, o que demonstra a intolerância da empresa com desvios de conduta e práticas que possam comprometer sua credibilidade. A falta de comunicação prévia sobre os serviços prestados por Bocardi foi o principal fator que levou à sua demissão, evidenciando que a emissora mantém um controle rigoroso sobre seus colaboradores.
Detalhes sobre os serviços de media training oferecidos por Bocardi
Os serviços oferecidos pelo jornalista incluíam treinamentos personalizados voltados para empresários, políticos e figuras públicas que precisavam melhorar sua performance diante das câmeras. Durante essas sessões, Bocardi fornecia orientações sobre como se comportar durante entrevistas, controlar gestos, evitar armadilhas de perguntas e construir uma imagem pública mais assertiva. O treinamento era altamente valorizado, especialmente por executivos que frequentemente lidam com a imprensa e precisam transmitir segurança e credibilidade ao público.
Entre os principais benefícios do media training oferecido estavam:
- Técnicas de comunicação verbal e não verbal.
- Estratégias para evitar respostas comprometedoras.
- Simulação de entrevistas para aprimorar a desenvoltura do cliente.
- Gerenciamento de crises e orientações para lidar com questionamentos difíceis.
- Postura corporal e controle da linguagem gestual diante das câmeras.
A alta demanda por esse tipo de treinamento no mercado corporativo fez com que os serviços de Bocardi fossem amplamente requisitados, permitindo que ele cobrasse valores elevados por hora. No entanto, a ausência de comunicação prévia com a Globo e o possível favorecimento de clientes em entrevistas jornalísticas foram fatores determinantes para sua demissão.
Os impactos do caso no jornalismo e na credibilidade da Globo
A repercussão do caso gerou debates sobre a relação entre jornalistas e empresas privadas, especialmente em um momento em que a transparência na imprensa se tornou um tema central. A atuação de Bocardi em treinamentos para figuras públicas levanta questionamentos sobre até que ponto jornalistas podem se envolver com o setor corporativo sem comprometer a isenção editorial. Especialistas em ética jornalística destacam que o vínculo de um comunicador com empresas privadas pode representar um risco para a credibilidade da informação transmitida ao público.
A Globo, por sua vez, reforçou que a decisão de desligar Bocardi foi tomada com base em sua política de compliance, que busca manter a separação entre os interesses comerciais de seus profissionais e a independência editorial da emissora. O caso gerou reflexões dentro da empresa sobre a necessidade de reforçar ainda mais os mecanismos de controle para evitar situações similares no futuro.
Histórico de outras demissões por descumprimento de normas éticas
A TV Globo já enfrentou casos anteriores de demissões motivadas por descumprimento de normas internas. Outros jornalistas e apresentadores foram desligados ao longo dos anos por envolvimento em atividades paralelas sem autorização da emissora. Alguns exemplos incluem:
- William Waack (2017) – Foi demitido após um vídeo de bastidores vazar com comentários considerados racistas.
- Mauro Naves (2019) – Envolvido no caso Neymar, por intermediar contatos entre advogados da acusação e o pai do jogador, sem informar à Globo.
- Marcos Uchôa (2022) – Optou por deixar a emissora após discordâncias com as políticas editoriais e limitações impostas pela empresa.
Esses casos ilustram como a emissora mantém um posicionamento firme quando se trata de preservar sua reputação e afastar qualquer profissional que possa comprometer sua credibilidade.
O que Bocardi disse após a demissão?
Até o momento, Rodrigo Bocardi se pronunciou apenas por meio de notas divulgadas por sua equipe. O jornalista negou qualquer irregularidade e afirmou que sempre atuou de forma ética e independente. Ele declarou que suas atividades fora da Globo nunca comprometeram sua conduta jornalística e que pretende recorrer às vias legais para esclarecer a situação.
Segundo pessoas próximas ao apresentador, ele já estaria analisando propostas para retornar à TV por meio de outras emissoras. Seu nome tem sido cogitado para integrar novas plataformas de comunicação, incluindo o streaming e canais de notícias independentes.
Possíveis desdobramentos e o futuro de Bocardi
O futuro de Rodrigo Bocardi no jornalismo ainda é incerto, mas especialistas acreditam que ele poderá seguir carreira de forma independente, explorando o mercado digital e corporativo. A experiência adquirida ao longo de 25 anos na Globo e sua credibilidade no meio jornalístico podem abrir portas para novas oportunidades, seja em veículos tradicionais ou em projetos próprios.
O caso levanta um debate mais amplo sobre a relação entre jornalistas e o setor privado, especialmente em tempos de mídias digitais, onde profissionais da comunicação têm explorado novas formas de monetização. A demissão de Bocardi reforça a necessidade de que as empresas de mídia estabeleçam diretrizes claras sobre os limites entre atuação jornalística e consultorias particulares.
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