Estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024: quem pode deliberar
A corrida eleitoral dos Estados Unidos entra na reta final cercada de expectativa e cada vez mais as atenções estão voltadas para os estados que podem ser decisivos. Por sinal, é uma particularidade marcante do sistema político norte-americano, inclusive com um nome específico: swing states. Em um contexto de estabilidade no pleito que se aproxima, o foco aumenta para cima dos estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024.
A eleição norte-americana é no dia 5 de novembro. Kamala Harris, atual vice-presidente e candidata do Partido Democrata, e Donald Trump, ex-presidente e candidato do Partido Republicano, são os principais nomes da corrida presidencial. E sete estados devem ser fundamentais nas urnas.
Na acirrada disputa entre Kamala e Trump, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Setentrião podem definir o vencedor: são os estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024.
O que são os estados-pêndulo nas eleições dos EUA?
O termo é tradicional na política norte-americana. Os swing states, conhecidos porquê estados-pêndulo, são um componente fundamental no processo eleitoral, porque são estados que podem deliberar as eleições dos EUA. Por sinal, é o foco principal das campanhas presidenciais.
Nos Estados Unidos, o Partido Democrata e o Partido Republicano dominam a política norte-americana. Eles não são as únicas legendas do país. Entretanto, “dão as cartas” e, historicamente, são os principais partidos dos EUA. Assim, muitos estados têm uma clara identificação partidária e dificilmente mudam de lado. A Califórnia, por exemplo, é um estado democrata, enquanto o Texas é republicano.
Isso significa que tradicionalmente o Partido Democrata vai vencer na Califórnia, enquanto o Republicano vai levar a melhor no Texas. Desta maneira, as campanhas se concentram justamente em locais em que o eleitorado pode pender para um lado ou para o outro e, consequentemente, a vitória. Daí o termo swing states ou estados-pêndulos. Eles se configuram porquê os estados decisivos eleições EUA.
Os swing states “variam”. Um estado que era democrata passa a ser republicano e vice-versa. São porquê funcionam os estados-pêndulo, em que contextos alteram a feitio política.
Pesquisas de intenção de votos, tendências políticas, resultados de eleições anteriores, perfil dos candidatos e mudanças demográficas são fatores analisados na hora de mapear os estados-pêndulo em cada eleição, o que também pode mudar de quatro em quatro anos.
A Flórida, por exemplo, teve o status de swing states por três eleições consecutivas: 2008 (quando o democrata Barack Obama superou o republicano John McCain na eleição universal), 2012 (vitória de Obama sobre Mitt Romney no universal) e 2016 (triunfo do republicano Donald Trump sobre a democrata Hillary Clinton no universal). Entretanto, não foi um estado-pêndulo em 2020.
Nesta corrida presidencial, Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia, Wisconsin e Carolina do Setentrião são os swing states eleições EUA 2024. Assim, têm papel decisivo nas urnas.
Por que os estados-pêndulo são decisivos nas eleições presidenciais dos EUA?
O sistema eleitoral norte-americano é indireto, em que os delegados têm papel fundamental. Eles têm a função de nomear o presidente e o vice-presidente. O Escola Eleitoral reúne esses delegados.
Ao todo, são 538 delegados (também chamados de eleitores). Cada estado tem um número de delegados (a densidade populacional e a representação no Congresso definem o número de eleitores de cada estado). A Califórnia tem o maior número de eleitores: 55. Já Wyoming, Alasca, Dakota do Setentrião e Washington DC, estados com baixa densidade populacional, têm o mínimo: três delegados, cada um.
Nos Estados Unidos, ganha a eleição quem conseguir mais delegados. Assim, a “conta” para se escolher é obter, no mínimo, 270 votos do Escola Eleitoral, o que ajuda a entender a valia dos estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024.
Na maioria dos estados, predomina a chamada regra “Winner takes all” (o vencedor leva tudo). Isso significa que o candidato com maior votação naquele estado leva todos os delegados. Ou seja, quem lucrar na Califórnia vai ter aqueles 55 votos no Escola Eleitoral.
Desta forma, rivalizar pelos votos dos estados-pêndulo é fundamental para lucrar a eleição. Por isso que, tradicionalmente, as campanhas focam mais nos swing states, que ficam em evidência ao longo de toda a corrida presidencial.
O sistema eleitoral norte-americano também faz com que a relevância dos estados-pêndulo seja maior, com foco no resultado das eleições por estado. Nos Estados Unidos, é provável se escolher recebendo menos votos popular do que o rival, alguma coisa que aconteceu com Donald Trump em 2016.
Naquela eleição, a democrata Hillary Clinton teve três milhões a mais de votos do que Trump. Entretanto, o republicano alcançou 56,5% dos delegados. Assim, ganhou a corrida presidencial e governou os Estados Unidos por quatro anos.
Quais são os principais estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024?
O mapeamento realizado aponta a seguinte previsão swing states 2024:
- Pensilvânia
- Michigan
- Wisconsin
- Arizona
- Geórgia
- Nevada
- Carolina do Setentrião
A Pensilvânia conta com 19 delegados. Por isso, é um dos mais cobiçados estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024. Na última eleição, Joe Biden, atual presidente, venceu por uma margem apertada, enquanto que, em 2016, o republicano Donald Trump levou a melhor.
Michigan, que tem 15 delegados, viveu situação igual à da Pensilvânia nas duas últimas eleições: Trump venceu no estado em 2016 e viu Joe Biden levar a melhor quatro anos depois.
Wisconsin era um estado considerado democrata. Entretanto, Trump venceu lá em 2016. Biden “recuperou” o lugar, que conta com dez delegados, em 2020.
O histórico do Arizona, que conta com 11 delegados, pendia para o lado republicano. Porém, Joe Biden superou Trump em 2020 por pouco mais de 10 milénio votos. A Geórgia, que detém 16 delegados, é mais um estado com histórico republicano que teve triunfo de Biden há quatro anos.
Com seis delegados, Nevada apresenta um histórico democrata nas últimas quatro eleições. Porém, em 2022, o republicano Joe Lombardo se elegeu porquê governador. Assim, a projeção indica ser mais um entre os estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024.
A Carolina do Setentrião, com 16 delegados, vem sendo reduto republicano desde 2012, mas é governada por Ray Cooper, um democrata, desde 2017. É mais um lugar em crédulo no planta eleitoral EUA 2024.
Pensilvânia e Michigan: cruciais no Cinturão da Ferrugem (Rust Belt)
Em declínio econômico, o Cinturão da Ferrugem é um “conjunto” importante no contexto eleitoral dos Estados Unidos. A espaço engloba estados do Núcleo-Oeste e Nordeste do país. Além de Pensilvânia e Michigan, Minnesota, Ohio, Iowa, Indiana e Wisconsin formam o cinturão que já viveu dias melhores.
O termo Cinturão da Ferrugem, por sinal, indica a decadência. Anteriormente, a região era conhecida porquê Cinturão de Aço ou da Fabricação. Porém, a produção industrial e de carvão entrou em declínio, “virando ferrugem”.
Na corrida presidencial atual, o Cinturão da Ferrugem tem três estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024, sendo Pensilvânia e Michigan com maior número de delegados. Com Wisconsin, o totalidade chega a 44 eleitores, um número que pode ser decisivo nas urnas.
Não é à toa que a região recebeu muitos comícios e eventos dos partidos de olho nas eleições presidenciais nos EUA. O republicano Donald Trump, por sinal, escolheu J.D. Vance, senador de Ohio, para ser o vice-presidente da placa. Já a democrata Kamala Harris tem Tim Walz, governador do Minnesota, porquê vice.
Geórgia e Arizona: Estados emergentes porquê swing states
Na feitio dos estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024, Geórgia e Arizona estão em evidência pelo pretérito republicano, mas que não se confirmou nas urnas no último pleito.
Ao sul dos Estados Unidos, a Geórgia é considerada um estado religioso e conservador. Em 2020, ano em que o movimento antirracista atuou fortemente nos EUA posteriormente o assassínio de George Floyd, em Minnesota, a comunidade negra do estado fez a Geórgia pender para o lado do democrata Biden.
Agora, Trump aposta no eleitorado religioso para tentar vencer na Geórgia, embora enfrente uma querela no estado de tentar fraudar as eleições de 2020. Já Kamala Harris procura o pedestal de jovens e minorias do estado.
A taxa imigração ilícito é o foco de Trump no Arizona, estado fronteiriço com o México. Em 2020, a vitória de Biden no estado, por 10.040 votos, foi considerada uma surpresa. Agora, Kamala tenta manter o estado do lado democrata.
Fatores que influenciam o comportamento dos eleitores nos estados-pêndulo
Em procura do voto popular e Escola Eleitoral dos estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024, alguns temas podem ser fundamentais na corrida presidencial. No Arizona, por exemplo, a taxa da imigração é um matéria preponderante.
Em Nevada, a economia é o núcleo das atenções. O estado enfrenta uma crise de desemprego, impacto da pandemia da Covid-19 e da inflação. Desta forma, é o principal motivo de preocupação da população de olho nas eleições.
Em Wisconsin, a discussão gira em torno do recta ao monstruosidade, um tema muito amornado nesta corrida presidencial de forma universal. Kamala Harris é defensora dos direitos reprodutivos das mulheres, enquanto Trump tem se esquivado do tema, embora já tenha adotado um oração de ser “pró-vida”.
Na Pensilvânia, a situação climática aparece porquê preponderante para alguns locais, assim porquê impactos econômicos relacionados à restrição da exploração de gás procedente liquefeito.
A corrida pelos votos dos eleitores indecisos, entre democratas Vs Republicanos, ainda vai esquentar mais na campanha eleitoral nos estados-pêndulo.
Porquê os estados-pêndulo podem definir o resultado das eleições de 2024?
À medida que a corrida presidencial entra na reta final, a expectativa em torno do desempenho dos candidatos nos estados-pêndulo nas eleições dos EUA 2024 só aumenta. As projeções reforçam o estabilidade que vem sendo a tônica entre Donald Trump e Kamala Harris.
O “Wall Street Journal” divulgou, na última sexta-feira (11), pesquisa (com margem de erro de quatro pontos percentuais para cima e para grave) com eleitores registrados nos estados-pêndulo. No universal, há um empate técnico entre o candidato republicano e a candidata democrata nos estados indecisos.
No Arizona e em Michigan, Kamala teve 47% das intenções de voto, contra 45% de Trump. Na Geórgia e em Wisconsin, a democrata apareceu adiante por 1%: 46 a 45.
Trump, por sua vez, teve a melhor “folga” na pesquisa. Em Nevada, ele aparece com 47%, contra 42% de Kamala. O republicano também levou a melhor na Carolina do Setentrião e na Pensilvânia, ambos com 46% contra 45% da democrata.
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