Proporção de investimento depende de esforço fiscal – 01/10/2024 – Mercado

Economistas dizem que o momento macroeconômico vivido pelo Brasil, com inflação sob controle e prolongamento de quase 3% no último ano, foram fatores que levaram a filial de classificação de risco Moody’s Ratings a erguer a nota de crédito do país, que está agora a um passo do proporção de investimento. No entanto, o governo terá de fazer um esforço fiscal maior para que o Brasil alcance o próximo patamar, afirmam.

Por enquanto, o país permanece no nível especulativo, agora com a nota “Ba1”. Em relatório, a Moody’s disse que a credibilidade do cenário fiscal do Brasil ainda é moderada.


Proporção de investimento é uma exigência atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro —ou seja, com plebeu risco de calote.

As notas de crédito também são importantes para os fundos: muitos deles são impedidos de impor em papéis sem proporção de investimento.

Na visão de Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o cenário da economia brasileira é relativamente bom, mas a questão fiscal é “a peça que impede o país de seguir mais”. Ele cita um déficit fiscal poderoso para levante e os próximos anos e um aumento da dívida.

Segundo dados oficiais divulgados na proposta de Orçamento de 2025 e no quarto relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fechar seu procuração com déficit fiscal efetivo nos quatro anos da gestão.

Vale afirma que o tórax fiscal, que substituiu o teto de gastos, é uma medida paliativa. De consonância com o economista, para virar a nota de crédito e saber o proporção de investimento, levante ou o próximo governo terão de fazer um ajuste fiscal mais infindável e importante, com medidas uma vez que desvinculação do salário mínimo da Previdência Social, medida descartada pelo gerente do Executivo neste ano.

“A gente vai precisar voltar nessa questão em 2027. Esse salto suplementar [da nota de crédito] vai depender de um esforço fiscal muito maior do governo”, diz Vale.

Na visão de Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, para erguer a nota de crédito para o proporção de investimento —nível considerado seguro e com baixos riscos de calote para quem investe em títulos de dívida, o Brasil deverá estabilizar ou virar a dívida pública, além de manter o ritmo de prolongamento e continuar com a inflação controlada.

Salles diz ser importante seguir na reforma administrativa e melhorar o proporção de exórdio da economia, com maior fluxo mercantil entre o Brasil e outros países.

Paulo Gala, economista-chefe do banco Master, afirma que o upgrade do Brasil pela Moody’s é razoável e que o país está muito se comparado a pares internacionais uma vez que Argentina, México e Índia. Ele labareda atenção, no entanto, para o resultado das despesas públicas.

O saldo das contas do governo mediano no primeiro semestre foi um déficit de R$ 68,7 bilhões, o pior resultado para o período desde 2020, quando a pandemia levou a um rombo de R$ 544,1 bilhões nos primeiros seis meses do ano.

Com o prolongamento econômico observado no país, no entanto, tudo fica mais fácil, diz Gala. Ele acredita que o Brasil não está longe do proporção de investimento, o que deve ocorrer nos próximos dois anos, segundo o exegeta.

“A gente não está muito longe disso. Basta honrar o tórax fiscal e apresentar alguns controles de despesa.”

Felipe Miranda, da Empiricus, também labareda atenção para a questão fiscal. Outrossim, ele diz que as agências de classificação de risco não têm mais a mesma credibilidade e impacto sobre o mercado.

“Eu não acho que isso representa uma mudança de paradigma importante em relação ao Brasil. Ao contrário, precisamos de uma medida crível e robusta de atenção sobre os gastos fiscais brasileiros. É uma notícia boa, mas com impacto marginal”, afirma.

Em nota, o banco Fator citou a preocupação da Moody’s com a credibilidade fiscal. “Serve uma vez que suporte à agenda de Haddad [Fazenda]. Lula, que visitou a filial em NY outro dia, deve estar feliz”, escreveu o banco.

Segundo o Fator, a decisão da filial de erguer a nota de crédito deve ser vista uma vez que um pouco precipitada por analistas.



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