Gusttavo Lima tem prisão decretada em investigação sobre bets

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O pedido de prisão ocorre no contextura da Operação Integration, que prendeu também a influenciadora e advogada Deolane Bezerra no início do mês. Em nota, o TJPE informou que, além das prisões, “foi determinada a indisponibilidade de bens dos envolvidos, visando prometer a reparação dos danos e a eficiência das medidas judiciais”. Ou por outra, a decisão mantém os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o de Deolane.

Na decisão, a juíza escreveu que “o jogo do bicho, assim uma vez que outros jogos de má sorte, tem um efeito devastador sobre famílias”, em referência aos fatos que embasam a ação, revelou o colunista Lauro Jardim. Deflagrada no início do mês, ela investiga uma organização criminosa de jogos ilegais (bets, inclusive) e lavagem de quantia.

Para a magistrada, os jogos de má sorte atingem “de forma mais cruel a classe trabalhadora, que se vê presa em ciclos de endividamento e desespero”. Ainda de entendimento com Andrea, os jogos “corroem o tecido social, fomentando a desigualdade e a ruína de famílias”.

Ela também afirma que cabe ao Judiciário coibir os efeitos causados pelos jogos, sem se deixar “ser influenciado pelo poder econômico ou pelo status social dos investigados”.

Gusttavo é o sertanejo mais popular do país atualmente, com milhões de seguidores nas redes sociais (45,1 milhões no Instagram) e de ouvintes nas plataformas de streaming. O cantor esteve ontem no Rock in Rio. No dia anterior, ele se apresentou no Jaguariúna Rodeo Festival, em São Paulo, ao lado de Zezé di Camargo.

Leia, na íntegra, a nota do TJPE:

“A Assessoria de Informação do TJPE informa que na tarde desta segunda-feira (23/9), no contextura da “Operação Integration”, que investiga um esquema de lavagem de quantia relacionado à exploração de jogos do bicho e jogos de má sorte, o pensamento da 12ª Vara Criminal da Capital, em seguida sintoma do Ministério Público de Pernambuco, acolheu a representação da poder policial e decretou a prisão preventiva de mais dois investigados na operação – Bóris Maciel Padilha e Nivaldo Batista Lima. Além das prisões, foi determinada a indisponibilidade de bens dos envolvidos, visando prometer a reparação dos danos e a eficiência das medidas judiciais. O pensamento também manteve todos os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o da influenciadora Deolane Bezerra, e determinou a espalhamento vermelha junto à Interpol para a tomada dos que estão foragidos. A Operação Integration tem uma vez que objetivo desarticular um esquema de lavagem de quantia que movimenta grandes quantias através da exploração ilícita de jogos. O processo permanece sob sigilo para prometer a integridade das investigações em curso”.

Entenda Operação Integration, que prendeu Deolane Bezerra

A empresária, advogada e influenciadora do dedo Deolane Bezerra foi presa na operação “Integration” da Polícia Social de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de quantia e jogos ilegais. A prisão aconteceu na manhã do dia 4 de setembro, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

As investigações da operação iniciaram em abril de 2023. Além da prisão dela, foram expedidos mais outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de procura e inquietação no Recife, Vale Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.

Entenda o esquema pelo qual Deolane é investigada

A advogada e influenciadora Deolane Bezerra é suspeita de utilizar sorteios no Instagram para lavagem de quantia. Entre os prêmios anunciados, estavam uma mala contendo R$ 880 milénio em espécie, uma viagem para Orlando, nos Estados Unidos, e carros de luxo, uma vez que uma Land Rover Discovery e um Porsche 911 Carrera S Cabriolet, com um valor estimado em quase R$ 1 milhão. Os ganhadores poderiam optar por receber o valor dos prêmios em quantia.

A informação foi publicada pelo jornal Quotidiano de Pernambuco, que teve entrada a um relatório da Polícia Social de Pernambuco. Os investigadores também afirmam no documento que a influenciadora teria promovido oito sorteios na plataforma desde novembro de 2023.

Conforme a publicação, Deolane afirma que sua participação se limitava à divulgação dos sorteios, pelos quais era paga, e nega envolvimento com os bens sorteados. Todavia, os investigadores descobriram que a Land Rover rifada em novembro de 2023 foi declarada por ela no imposto de renda daquele ano.

Segundo a investigação, os sorteios eram organizados pela EDSCap Ltda, uma empresa vinculada ao grupo Esportes da Sorte, especializada na comercialização de títulos de capitalização. Esses títulos eram emitidos pela Capemisa Capitalização S.A. e os valores arrecadados seriam destinados à Federação Pátrio das Apaes, conforme consta no sindicância.

Entretanto, segundo o Quotidiano, os investigadores identificaram que a Apaes transferiu R$ 2.930.588,00 para a conta da Bezerra Publicidade e Informação Ltda, empresa administrada por Deolane, com participação de seus familiares, entre janeiro e março de 2024. As transações foram descritas uma vez que pagamento por “serviços de publicidade”.

Ao questionar a Apaes, as autoridades receberam 11 notas fiscais desses serviços, das quais oito estavam “canceladas”. O valor totalidade proferido chegaria a R$ 3.987.156,70.

Gusttavo Lima teve avião apreendido em operação contra bets

A operação que prendeu Deolane Bezerra, entre outros 18 alvos, teve o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. O avião apreendido pela polícia, envolvido nas investigações da Operação “Integration”, pertence à empresa Balada Eventos e produções, do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Segundo a equipe do cantor informou ao GLOBO, o avião foi vendido, apesar de ainda estar registrado uma vez que de propriedade da empresa do cantor.

“A BALADA EVENTOS por intermédio de seu jurisconsulto Cláudio Bessas, esclarece que a aeroplano prefixo PR-TEN, foi vendida por meio contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC para a empresa J.M.J Participações. Portanto, empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da ANAC uma vez que operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão”, informou ao GLOBO a equipe do sertanejo.

No registro da Dependência Pátrio de Aviação Social (Anac), a empresa de Gusttavo Lima, com sede em Goiânia e Aparecida de Goiânia, aparece uma vez que proprietária da aeroplano. São sócios e administradores da firma a Gsa Empreendimentos e Participacoes Ltda e Nivaldo Batista Lima, nome de registro de Gusttavo Lima.

Apesar disso, segundo o registro da Anac, a aeroplano é operada pela empresa JMJ PARTICIPACOES LTDA, que também aparece uma vez que dona do helicóptero apreendido na Operação Integration, em Vale Grande. A JMJ é de propriedade de Jorge Costa Guimaraes Junior, Julio Cesar Lago Guimaraes e Marco Antonio Lago Guimaraes.

O CESSNA 560XLS pode acomodar até 11 pessoas, e teve seu último registro de compra e venda para a empresa do cantor em 30 de julho de 2022, segundo o Registro Aeronáutico Brasiliano (RAB). A investigação desta semana foi para identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de quantia.

O mandatário Ubiratan Rocha, da Polícia Social de Pernambuco, disse à TV Paraíba que garrafas de vinho estimadas em R$ 5 milénio também foram recolhidas. Segundo o g1, os endereços de buscas em Vale Grande estariam ligados à pessoa física e jurídica de José André da Rocha Neto, empresário por trás da Vai de Bet, empresa de apostas de quem legado é o sertanejo Gusttavo Lima.

Saiba quem é investigado na operação

Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, a Operação Integration mira também Solange Bezerra, mãe da influenciadora, e o empresário José André da Rocha Neto.

Solange foi apontada uma vez que integrante do esquema, e as duas foram alvos de ordens judiciais de sequestro de bens uma vez que carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.

Já a Balada Eventos e Produções é suspeita de envolvimento no largo esquema de lavagem de quantia de jogos ilegais que motivou a operação Integration. Segundo reportagem do Fantástico, da TV Orbe, a Balada participou da lavagem com empresas de José André da Rocha Neto, um empresário da Paraíba. O CNPJ ligado ao cantor teve R$ 20 milhões, além de imóveis e embarcações, bloqueados pela Justiça.

Um avião pertencente à Balada foi comprado por uma das empresas de Rocha Neto, a JMJ. Outra empresa dele, a Vai de Bet, tem Gusttavo Lima uma vez que garoto-propaganda.

O cantor e o empresário, inclusive, estavam juntos, na Grécia, no dia em que a operação foi deflagrada. Rocha Neto teve prisão decretada e, portanto, é considerado homiziado. A Justiça bloqueou R$ 35 milhões dele e R$ 160 milhões de suas empresas.

Em nota, a resguardo do empresário afirmou que não há qualquer vestígio da participação dele em atos ilícitos e que o patrimônio é “proferido e regular”. Já o jurisconsulto de Gusttavo Lima disse em nota que a Balada “somente vendeu um avião a uma das empresas investigadas”.

Deolane continuará presa?

Nesta sexta-feira, 21, o Ministério Público de Pernambuco pediu à Polícia Social de Pernambuco que realize novas diligências para concluir o sindicância da Operação Integration. Ou por outra, o órgão recomendou a substituição das prisões preventivas dos investigados por outras medidas cautelares.

“O Ministério Público de Pernambuco, em seguida minuciosa estudo dos autos da investigação denominada “Operação Integration”, concluiu que, no momento, para embasar a denúncia formal seriam necessárias algumas diligências complementares as que já foram levadas a efeito pelo Polícia Judiciária do Estado de Pernambuco”, disse MP-PE.

Na avaliação do órgão, a ininterrupção das prisões preventivas implicaria, “inevitavelmente, em constrangimento ilícito”. Entre medidas cautelares estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e a proibição de falar com outros investigados e envolvidos no caso, por exemplo.

Em seguida ser presa pela primeira vez no início do mês, Deolane Bezerra chegou a ser solta no dia 9 de setembro. Ela foi beneficiada pela norma do Supremos Tribunal Federalista (STF) que trata de habeas corpus coletivos para mulheres que tem filhos menores de idade. No dia seguinte, no entatno, o favor foi revogado. Logo em seguida deixar a penitenciária, a influenciadora violou uma das cautelares impostas a ela e se manifestou publicamente sobre o caso.

Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um novo pedido de habeas corpus apresentado pela resguardo de Deolane, que segue presa na Colônia Penal Feminina de Buíque. No pleito, os advogados questionavam a imposição da medida cautelar de proibição de sintoma em redes sociais, prelo e assemelhados e pedia a revogação da prisão.

A decisão desta quarta-feira é do ministro Otávio de Almeida Toledo, originalmente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas está atuando na Sexta Turma do STJ em razão da carência de um ministro titular no colegiado.

O magistrado observou que ainda está suspenso na Namoro de origem (TJPE) julgamento definitivo sobre o isolamento da medida cautelar imposta e, posteriormente, descumprida. Por isso, o STJ não poderia, neste momento processual, examinar a questão.