Ineficincia ofensiva vil e aumenta agonia do Flu na luta contra o Z4
O Fluminense vive uma situação preocupante no Brasileirão. Pouco mais de um ano depois de ganhar a inédita Libertadores, o Tricolor das Laranjeiras briga contra o rebaixamento para a Série B com um ataque inoperante. São apenas 30 gols marcados em 35 jogos, amargando o terceiro pior ataque da competição, atrás apenas do vice-lanterna Cuiabá (27) e o lanterna Atlético Goianiense (24).
O elenco campeão, que encantou o continente sul-americano em 2023, parece ter se desmantelado para a atual temporada. Com saídas pontuais e significativas (André e Nino, as mais notáveis, e Marcelo recentemente) e contratações numerosas (tais como Renato Augusto, Marquinhos, Serna, Thiago Silva e Bernal – os últimos três chegaram no meio do ano), o Fluminense parece outro time em 2024.
Ataque inoperante
A baixa produção ofensiva passa muito pela má fase dos atacantes do elenco, em especial Germán Cano, artilheiro absoluto da equipe em 2023 e eleito Rei da América. Nesta temporada, muito castigado pelo desgaste físico, o argentino marcou apenas sete vezes em 39 partidas. Já John Kennedy, herói do título com o gol contra o Boca Juniors na final da Liberta, perdeu espaço e anotou apenas três gols em 34 jogos.
Keno foi outro atleta importante no sistema ofensivo em 2023, com seus cinco gols e 13 assistências. Mas 2024 também não sorri ao atacante, que também foi muito atrapalhado por problemas físicos e pouco conseguiu ter sequência, disputando apenas 38 jogos, com quatro gols marcados.
Com o meio campo menos produtivo e o ataque castigado pela sequência de jogos, restou a Mano Menezes (que chegou para “trocar pneu com o carro em movimento” após demissão de Diniz) apostar na base, especialmente em Kauã Elias. O Moleque de Xerém até começou bem, marcando gols importantes, mas logo a bola parou de entrar e o atacante passou a amargar um longo jejum.
Os novos contratados para o setor ofensivo também não corresponderam e o Flu passou a depender da estrela do colombiano Jhon Arias, um dos poucos que se salvam neste ano tricolor. Decisivo, o camisa 21 foi preponderante em grande parte dos pontos conquistados pelos cariocas neste Brasileiro, mas passou mais tempo ausente (a serviço da seleção) do que em campo…
Thiago Silva dá esperança, mas não é suficiente
A produção ofensiva em declínio colaborou na sequência negativa de resultados do clube carioca no Brasileirão. Em 35 jogos, o Fluminense venceu dez, empatou nove e perdeu 16. Mas nem todos os momentos foram ruins nesta temporada..
Depois da chegada de Thiago Silva, na 18ª rodada contra o Cuiabá, o clube passou um período de seis vitórias e um empate pela Série A, com oito gols marcados e nenhum sofrido. Porém, é verdade que depois dessa boa fase, que durou até o confronto contra o São Paulo e tirou o time carioca do Z4, o “novo normal” veio à tona novamente.
Foram três vitórias, três empates e cinco derrotas nos 11 jogos seguintes válidos pelo Brasileirão. Nesse meio tempo, inclusive, o clube foi eliminado pelo Atlético Mineiro na Libertadores. Pode-se dizer que como esses três triunfos foram consecutivos (contra Cruzeiro, Flamengo e Athletico), outra boa fase podia se instaurar, mas não se sustentou.
O empate sem gols contra o Criciúma, adversário direto na briga contra o rebaixamento, escancarou os problemas do Fluminense, principalmente ofensivos. Depois de começar promissor na primeira etapa, o clube carioca se desesperou completamente no segundo tempo em busca de um único gol, que não saiu. Os 43 cruzamentos na área, sendo que apenas nove encontraram alguém para finalizar, exemplificam bem essa apatia e afobação.
Atualmente, o Tricolor das Laranjeiras é o 15º colocado do Campeonato Brasileiro, com 39 pontos somados em 35 jogos, a um do último adversário Criciúma, que abre a zona de rebaixamento. A equipe carioca tem um aproveitamento de aproximadamente 37,14% e vai precisar acertar o pé se não quiser sofrer além do esperado nesta reta final de 2024.
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