Justiça de Pernambuco decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em operação que também prendeu Deolane Bezerra

Divulgação

A juíza Andrea Silente da Cruz, da 12ª vara criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco, decretou nesta segunda-feira (23) a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, de quem nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, e do empresário Bóris Maciel Padilha no contexto da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de moeda relacionado à exploração de jogos do bicho e jogos de má sorte. 

No mesmo processo está envolvida a influenciadora e advogada Deolane Bezerra Santos e a mãe dela, Solange Alves Bezerra Santos, além de outros 17 envolvidos.

Além das prisões, foi determinada a indisponibilidade de bens dos envolvidos, visando prometer a reparação dos danos e a eficiência das medidas judiciais. O pensamento também manteve todos os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o da influenciadora Deolane Bezerra, e determinou a espalhamento vermelha junto à Interpol para a conquista dos que estão foragidos.

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Na decisão, a juíza disse que o jogo do bicho, assim uma vez que outros jogos de má sorte, exerce “um impacto devastador sobre as famílias e indícios que apontam para a prática de delitos pelos investigados, assim uma vez que as pessoas jurídicas envolvidas na suposta organização criminosa”.

A juíza também escreveu na decisão que o cantor Gusttavo Lima deu guarida a foragidos, demonstrando uma alarmante falta de consideração pela Justiça. A magistrada cita a proximidade do cantor com os foragidos José André da Rocha Neto e Asilia Sabrina Truta Rocha. 

No dia 7 de setembro deste ano, o avião do cantor retornou ao Brasil,  depois fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando no dia seguinte no aeroporto de Goiânia.  “Curiosamente, José André e Asilia não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram em permanecer na Europa para evitar a Justiça”, escreveu a juíza.

Em outro trecho da decisão, a magistrada diz que a má vontade dos foragidos com poderoso poder econômico é um fenômeno alarmante que desafia a efetividade da emprego da lei penal. Esses indivíduos, ao se esquivarem da justiça, demonstram não unicamente desinteresse em responder por seus atos, mas também uma tentativa deliberada de manipular o sistema em seu obséquio. Com recursos financeiros substanciais, eles conseguem sustentar uma vida de fuga, dificultando a ação das autoridades e a consecução da justiça”

A juíza Andrea da Cruz escreveu ainda que tal situação gera um cenário em que a emprego da lei penal se torna praticamente impossível. “Outrossim, o poder econômico pode ser utilizado para influenciar o processo judicial, intimidar testemunhas ou financiar estratégias de evasão, minando ainda mais a integridade do sistema”.

Segundo a juíza, o cantor Gusttavo Lima não compareceu a uma convocação da domínio policial para depor no sindicância. 

Ao legislar a prisão preventiva do cantor e de Boris Maciel Padilha, a juíza determinou também a suspensão do passaporte e o certificado de armas de incêndio dos acusados.

“A prisão não pode ser vista unicamente uma vez que uma medida punitiva, mas uma vez que um mecanismo de proteção da sociedade e um meio de prometer que a justiça prevaleça. Somente assim será verosímil evitar que a impunidade se perpetue e que os direitos dos cidadãos sejam efetivamente defendidos”, escreveu a magistrada.

A Operação Integration tem uma vez que objetivo desarticular um esquema de lavagem de moeda que movimenta grandes quantias através da exploração ilícita de jogos. O processo permanece sob sigilo para prometer a integridade das investigações em curso.

Resguardo

A resguardo do cantor disse, em nota, que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas e que a inocência do artista será devidamente demonstrada. “Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela resguardo do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais”. 

 “O cantor Gusttavo Lima nunca seria parcioneiro com qualquer traje contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana”. 

*Com informações de Sucursal Brasil




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