Líder da Gangue da Favela matou usuário que reclamou da boca de fumo
Foragido, o líder da Gangue da Favela, o traficante Willian Rocha da Costa (foto em destaque), de 30 anos, costumava matar ou mandar executar desafetos e até usuários de drogas por motivos banais. Uma das vítima foi assassinara apenas por “reclamar” da qualidade da droga oferecida pela boca de fumo.
Nessa quarta-feira (30/10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), deflagrou operação para desarticular a organização criminosa comandada por Willian Gordo. Nascido e criado em Planaltina (DF), o suspeito não foi preso. Um dos homicídios do grupo foi o de Rômulo Batista de Oliveira, em dezembro de 2022.
A vítima era usuária de drogas e reclamou na boca de fumo. Rômulo foi assassinado a tiros na mesma noite. Os autores foram Jackson Matias de Santana (irmão de Willian por parte de pai) e Kauã Jhonis Martins Feitosa (braço direito de Willian), ambos já presos e alvos da operação dessa quarta. O chefe do bando costumava postar imagens em seu status do WhatsApp de carregamentos de cocaína e maconha. Ele chamava a droga de “destruidora de lares” nas legendas.
Veja imagens das drogas traficadas por Willian Gordo:
Lavagem de dinheiro
De acordo com as investigações, o líder da Gangue da Favela lavava o dinheiro faturado com o tráfico comprando imóveis registrados em nome de laranjas. Os apartamentos e casas eram logo alugados para gerar renda ao criminoso. O mesmo ocorria com a compra de veículos, também colocados em nome testas de ferro e revendidos a terceiros.
Os policiais identificaram pelo menos três imóveis em nome de laranjas, mas que pertencem a Willian Gordo. Dois desses beneficiários foram presos por emprestar o nome para o traficante adquirir o patrimônio. A coluna Na Mira apurou que Willian Rocha já foi condenado por extorsão. Ele é alvo de denúncias por homicídio e corrupção de menores.
Willian Gordo ainda possui antecedentes por tráfico de drogas e roubo. Além disso, responderá na investigação atual por novo tráfico, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
A operação
A Operação Favela foi deflagrada em Planaltina e Sobradinho. Durante a ação, 14 pessoas foram detidas, sendo duas delas menores de idade. Diversos mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas residências dos investigados.
A operação tem como objetivo desarticular a Gangue da Favela, ou FVL. O grupo atua há anos na região do Arapoanga.
Estruturada, a quadrilha atua em quatro núcleos: tráfico; crimes patrimoniais (roubos e furtos); crimes violentos (homicídios e extorsão); e lavagem de dinheiro.
Sete dos integrantes já tinham sido presos durante as investigações e receberam nova ordem de prisão na cadeia, sendo impedidos de receber qualquer benefício de saída.
Outros cinco, que ainda estavam livres, foram presos nessa quarta. Um deles foi detido em flagrante por tráfico de drogas e posse de munição. Os dois menores apreendidos, suspeitos de roubo, vão responder por infrações análogas a falsa identidade e receptação.
Denúncias
Quem tiver informações que possam ajudar a PCDF pode entrar em contato pelo telefone 197. As denúncias são anônimas.
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