Lula e Milei podem ter primeiro encontro bilateral em novembro e fechar concordância entre Mercosul e UE durante G20
A presença de Milei numa reunião organizada pelo anfitrião Lula foi revelada a legisladores pelo emissário prateado em Brasília, Guillermo Daniel Raimondi, e confirmada à prensa por Federico Pinedo, coordenador da chamada “Unidade G20” da chancelaria argentina, responsável pela organização da participação do país na reunião das 20 maiores economias do mundo.
A presença de Milei no Rio marca um giro pragmático da agenda externa do presidente prateado. Durante a campanha eleitoral de 2023, ele disse que não teria relações pessoais com “comunistas”, incluindo nesta lista Lula e o presidente chinês, Xi Jinping.
Sobre o líder petista, Milei ainda o classificou de “corrupto“, levando Lula a recusar o invitação para participar da posse do prateado, em 10 de dezembro de 2023, e a indicar publicamente que esperava “um pedido de desculpas”.
Milei não só se negou ao pedido, definido porquê “de um pré-adolescente”, porquê também disse que quem deveria se desculpar era Lula por ter se intrometido na campanha eleitoral argentina a favor do candidato rival, Sergio Massa, e por ter aterrado os argentinos ao expor que “a extrema direita é um transe para a democracia”, em clara referência a Milei.
“É preciso ter um presidente que goste de democracia, que respeite as instituições, que goste do Mercosul, que goste da América do Sul”, disse Lula na reta final da campanha argentina.
“Lula foi segmento da campanha negativa contra mim, impulsionada a partir do Brasil com a ajuda de ‘marketeiros’ brasileiros na campanha de Volume”, recordou Milei. Para evitar um encontro com Lula, o presidente prateado ainda cancelou sua participação na reunião de cúpula do Mercosul, em junho pretérito, em Assunção, no Paraguai.
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