Mãe de Isabella Nardoni se torna a vereadora mais votada do país em 2024

Ana Carolina Oliveira é a mulher que recebeu mais votos concorrendo ao legislativo municipal nestas eleições e promete fazer trabalho voltado contra a violência de crianças

Registo Pessoal/David de TarsoAna Carolina concede entrevista ao repórter David de Tarso
Ana Carolina concede entrevista ao repórter David de Tarso

Não é qualquer mulher que consegue superar a dor de perder uma filha, ainda mais da maneira porquê foi. Desde quando Ana Carolina Oliveira ficou sem Isabella Nardoni, em março de 2008, se tornou referência de pessoa que merece ser abraçada. E a população a abraçou nas eleições deste ano, quando se tornou candidata a vereadora pela maior cidade do país, sendo a mulher mais votada de 2024 concorrendo ao legislativo municipal no Brasil. Ao abraçar a desculpa dela na luta contra a violência infantil, 129.563 eleitores a escolheram para lutar por quem não consegue se tutorar. Mas a grande questão é: o que ela poderá fazer na Câmara de Vereadores de São Paulo para proteger as crianças? Em procura dessa e outras respostas, a poste a entrevistou.

O que fará logo que os trabalhos forem iniciados em 2025? Em tom de folgança, Ana Carolina respondeu que é desenredar onde ficará o gabinete dela (risos). Logo na sequência, ela emendou que pretende implementar Projetos de Lei que já existem, mas precisam de aplicabilidade saindo da teoria e entrando em prática. O primeiro é para oferecer atendimento psicológico nas escolas municipais da capital paulista. “Dessa forma, além de poder ajudar a saúde mental dos estudantes, o profissional que atenderá essas crianças poderá perceber situações em que elas estejam sendo vítimas de violência infantil.”

A teoria, conforme a vereadora eleita, é produzir um grande sistema de identificação de casos de agressões, estupro e outros crimes praticados contra os menores. “Muitas vezes essa percepção de sinais daquelas crianças vítimas de violência é feita pelo psicólogo. É um atendimento individualizado, fica mais fácil essa identificação do que propriamente um educador. Tendo qualquer problema, a informação pode ser feita ao Juízo Tutelar para que possa intervir.” Outra questão destacada por Ana Carolina é que, na puerícia, podem ser tratadas adversidades com o objetivo de que, quando adultos, se tornem melhores, evitando que algumas dificuldades se agravem.

Ana Carolina com a filha Isabella (Registo Pessoal)

Veja a entrevista

E porquê funcionaria a integração com outras esferas?
“Eu sei que vou legislar na esfera municipal, mas tem muitas leis que podem ter origem na Câmara e depois serem ampliadas para a Alesp (Plenário Legislativa de São Paulo) e Congresso Vernáculo. Quando vereadora também terei uma fala e trânsito melhor para que as propostas cheguem.”

Além dos psicólogos nas escolas e articulações, o que mais pretende fazer?
“Quero desenvolver projetos mais eficientes contra o bullying. Precisa de mais eficiência para resolver esse problema e reduzir a evasão escolar. Na minha própria rede social, recebo diversos relatos de pessoas que recorrem a mim, dizendo que convivem com estes percalços. Porquê vereadora terei mais força para lutar.”

Ela diz que as escolas também não estão devidamente preparadas para mourejar com crianças autistas ou com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). “Com a atuação na Câmara também vou legislar para melhorar isso.”

O que as pessoas que votaram em você podem esperar?
“Muito interesse. Pretendo tentar evitar que outras pessoas não venham a tolerar com a violência que eu tive e tenho até hoje. As mulheres vítimas de maridos abusivos e agressores também terão meu pedestal por meio de projetos.”

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.



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