Mais um dia normal na vida de Bielsa :: Colunas de Opinio :: ogol.com.br

A seleção uruguaia parecia estar vivendo seu momento mais confortável nos últimos anos. Terceiro lugar nas Eliminatórias, resultados convincentes e um início de novo trabalho animador… mas nenhuma equipe comandada por El Loco Bielsa pode estar 100% confortável. Às vésperas de mais uma Data Fifa, Luisito Suárez abriu a caixa de pandora e revelou os bastidores conturbados da Sidéreo.

Em entrevista ao DSports Uruguay, El Pistolero não poupou críticas ao técnico prateado, falou sobre a relação pesada durante a Despensa América e os excessos provocados. Dias depois, o exposição de Suárez foi reforçado por Canobbio e Valverde, que também estiveram na competição. Até o zagueiro emérito Diego Godin e o ídolo paraguaio Chilavert entraram na polêmica e defenderam o desabafo de Luisito.

Entre as queixas dos atletas uruguaios está a falta de informação, o desrespeito com os atletas durante os treinamentos e até o tratamento com os funcionários da seleção. Oriente é somente mais um incidente da curso peculiar de Marcelo Bielsa, considerado porquê gênio por alguns, arrogante por outros, mas louco por todos.

A origem de El Loco

O prateado começou sua curso na percentagem técnica do Newell’s Old Boys, trabalhou por uma dezena e recebeu sua primeira oportunidade porquê treinador do time principal em 1992. Até portanto chamado de Marcelo Bielsa, o técnico começou o seu trabalho de forma zero animadora e precisou de poucos dias para apresentar suas verdadeiras credenciais.

No segundo duelo da temporada, os Leprosos sofreram uma imponente goleada por 6 a 0, em mansão, para o San Lorenzo na estreia da Libertadores. Em protesto, torcedores do Newell’s ameaçaram invadir a mansão de Bielsa para intimidar o treinador, mas não sabiam com quem estavam lidando. O prateado ameaçou lançar uma granada para expulsar os baderneiros e intimidou os Barra Bravas.

O incidente marcou o início da curso do técnico que passou a ser escoltado pela epíteto de El Loco. O perfil intimidador de Bielsa bancou a sua permanência até o final da temporada e rendeu o título do Campeonato Prateado e o vice-campeonato da Libertadores, sendo derrotado somente a final nos pênaltis para o São Paulo, de Telê Santana

Vício pelo futebol

Referência para muitos treinadores, inclusive citado por Guardiola, Bielsa sempre foi inegavelmente um viciado pelo futebol. Sempre em procura do perfeccionismo ou de uma solução zero óbvia para as suas equipes, o prateado nunca tolerou que pensassem qualquer coisa dissemelhante do personagem que se propôs a ser.

Em 2012, Bielsa comandava o Athletic Bilbao pela segunda temporada e, na Despensa do Rei, acabou surpreendido pelo Eibar, na quadra disputando a terceira subdivisão vernáculo. Neutralizado pelo modesto time e sem vencer nenhuma das duas partidas do confronto, o prateado foi provocado pela prensa por não ter oferecido a atenção merecida ao justador.

Embora não devesse satisfação a ninguém, Bielsa visitou o meio de treinamentos do Eibar a procura do técnico que havia o derrotado e levou uma caixa com pilhas de anotações, provando que não havia desrespeitado o time justador, estudando incansavelmente a partida.

Isolamento depois o fracasso na Despensa

Ao longo da sua curso, Bielsa ficou marcado pelo perfil pouco vitorioso. O treinador venceu somente seis títulos na curso, quatro por clubes e dois pela seleção olímpica. 

No início do século, o treinador recebeu a chance de comandar a Argentina na Despensa do Mundo de 2002. O sonho, porém, virou pesadelo. Bielsa deixou de fora nomes porquê Riquelme e Saviola para apostar no veterano Caniggia, que sequer entrou em campo.

As decisões questionáveis do treinador acabaram custando um Mundial vexatório para os Hermanos. A Albiceleste conseguiu vencer somente a Nigéria no Grupo F e se despediu ainda na tempo inicial. 

Apesar do baque, Bielsa seguiu no comando da seleção até as Olimpíadas de Atenas. Desta vez, El Loco mostrou que suas convicções estavam certas e conquistou a medalha de ouro inédita para a Argentina.

O dispêndio do esforço mental para chegar ao sucesso forçou Bielsa a se alongar de tudo e de todos por um longo período. Logo depois deixar o comando da seleção, o treinador permaneceu por três meses solitário da família, da televisão e do mundo em um convento.

“Só tinha livros, mais zero. Não tinha contato com absolutamente ninguém. A certa profundidade comecei a falar sozinho. Pensei que tinha ficado mesmo louco. Logo decidi que era a hora de trespassar de lá”, revelou o prateado no livro “Las locuras de Bielsa”, do jornalista Jon Rivas.

Termo antes do início

Ao longo da sua curso, Bielsa foi anunciado por 13 clubes, mas trabalhou somente em 12. Na sua única passagem pelo futebol italiano, o treinador desistiu do invitação antes mesmo de estrear.

Anunciado pela Lazio em 2016, o prateado assinou contrato na capital italiana e dois dias depois pediu exoneração, alegando que o clube não teria aceitado as suas exigências. Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o presidente da Lazio, Claudio Lotito, revelou que os pedidos de Bielsa eram referentes a um número irregular de passagens aéreas para a sua família na Argentina e um número ainda maior de celulares para a sua percentagem técnica.

Quase uma dezena depois, o prateado pode estar próximo de mais uma saída precoce. Muito distante dos dois dias somente na Lazio, o técnico pode dar adeus à seleção uruguaia antes do esperado. Embora ainda tenha o porvir indefinido na Sidéreo, com certeza Bielsa garantiu mais uma história que reforça o seu sobrenome de El Loco