Sintoma com fogos na frente da Sex Night fecha avenida da capital
Amigos e familiares de Thiago Kich de Melo, 28, baleado por um policial militar e pisoteado por um segurança da boate Sex Night, em Florianópolis, realizaram uma revelação pedindo justiça pela vítima na noite desta quarta-feira (9). Os manifestantes fizeram uma barricada com queimação para bloquear uma das vias da Avenida Mauro Ramos, em frente à boate.
Com uma filete escrita “Eterno TH” (porquê a vítima era conhecida) e outra “Queremos justiça”, os manifestantes pediram por pena dura para os responsáveis pela morte de Thiago.
O Corpo de Bombeiros foi acionado no sítio e controlou as chamas. Uma guarnição da Polícia Militar dispersou a revelação. Não houve confronto ou feridos.
Veja vídeos da revelação:
Entenda o caso
Thiago e mais três amigos estavam saindo da boate Sex Night na manhã de terça-feira (8), quando foram até o balcão para responder os valores que estão na comanda, que era de R$ 1801,80. Em meio à discussão, um segurança chega ao lado e tenta conversar com eles.
Em um momento, um deles fala um pouco ao segurança, que responde com uma cotovelada. A partir desse momento, inicia-se uma desavença generalizada.
Em meio à confusão, um policial militar, que estava de folga fazendo um ponta no sítio, saca uma arma de queimação e dispara em direção contra Thiago, que cai desorientada no solo. O segurança desfere uma sequência de golpes na vítima, que já estava baleada e não resistiu aos ferimentos.
Policial fazia segurança privada no sítio, segundo investigação
Segundo informou a Polícia Social, depois interrogatório do PM à paisana, ele estaria dentro da boate fazendo segurança privada armada, com uma arma de queimação de sua propriedade.
A prática é ilícito, visto que PMs são servidores públicos concursados e o Estatuto dos Policiais Militares de SC proíbe agentes da ativa a trabalharem em organizações e empresas privadas.
Tanto o policial quanto o segurança foram presos em flagrante por homicídio. Eu audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (9), a Justiça manteve as prisões dos suspeitos.
Em nota, a Corregedoria-Universal da Polícia Militar de SC informou que foi instaurado um interrogatório para apurar as circunstâncias que envolveram a presença do PM no sítio e identificar a provável incidência de crimes militares conexos.
O governador Jorginho Mello, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (9), disse que o policial deve ser investigado e julgado.
“Ninguém está supra da lei e ninguém pode fazer zero que não seja lítico. Não é por ser policial militar que ele vai ter qualquer tipo de regalia. Ele vai ser investigado, julgado e, se for o caso, réprobo”, afirmou o governador.
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