Marçal promete alongar cinegrafista que deu soco caso Datena e marqueteiro de Nunes também abandonem campanha

Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, prometeu alongar o cinegrafista Nahuel Medina, que deu um soco em Duda Lima, marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB) no debate do meato Flow, caso Lima e José Luiz Datena (PSDB), responsável de uma cadeirada no próprio Marçal, também sejam retirados da eleição.

Questionado em coletiva de prensa nesta terça-feira, 24, o empresário afirmou que a atitude de seu funcionário foi “desproporcional”, mas configurou “legítima resguardo”. A versão de Marçal é de que Nahuel reagiu a uma agressão de Lima.

Depois de ser expulso por descumprir as regras do debate no meato Flow e ver um integrante de sua campanha desferir um soco em um marqueteiro inimigo, Marçal buscou mais uma vez se comprometer com uma “novidade período” na disputa pela prefeitura — oração que já entoou ao menos duas vezes desde o início da campanha eleitoral.

“Sei que ainda sou visto uma vez que um imbecil. Mas se eu não fizesse isso [as acusações sem provas, apelidos e agressividade como estratégias políticas], não teria chance nenhuma contra esses caras [Nunes e Guilherme Boulos (PSOL]”, disse o candidato.

Secretários anunciados

Na zona oeste da capital paulista, Marçal ainda anunciou o economista Marcos Cintra (PP), o médico Wilson Pollara e seu coordenador de campanha, Filipe Sabará (Republicanos), para ocuparem secretarias de governo caso seja eleito prefeito. Os partidos de Sabará e Cintra, vale lembrar, integram a placa de Ricardo Nunes.

Cintra, que tem longa trajetória na política, passou por partidos da Redondel ao União Brasil e mais recentemente foi Secretário Privativo da Receita Federalista no governo de Jair Bolsonaro (PL), e ocupará a pasta de Finanças no eventual governo.

Pollara foi secretário municipal da Saúde em São Paulo durante o governo do ex-tucano João Doria, ocupa a mesma pasta em Goiânia e se manterá na espaço em caso de uma gestão Marçal. Sabará também foi secretário de Doria na prefeitura — esteve avante da Assistência e Desenvolvimento Social — e também do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Questionado sobre o invitação a dois ex-secretários de Doria para seu eventual governo, Marçal evitou criticar o hoje desafeto do bolsonarismo. “João [Doria] não tem nenhuma influência cá, mas não vamos desvalorizar zero dele. A pessoa ter trabalhado com ele não quer manifestar que foi convertida”, afirmou.