Médico de mulher que morreu após fazer hidrolipo já foi condenado por necrose em paciente

O médico Josias Caetano, responsável pela hidrolipo na mulher que morreu na terça-feira (26), em São Paulo, já foi condenado por outro procedimento estético. Em 2022, ele teve que indenizar uma paciente por danos estéticos e morais.

Médico que fez a cirurgia da mulher que morreu após a hidrolipoO médico resposável pela hidrolipo já foi processado por possíveis erros médicos ao menos 22 vezes – Foto: Reprodução/Fala Brasil

A vítima do caso fez uma mamoplastia redutora em 2019. Após o procedimento, no entanto, ela ficou com uma necrose no seio que teria causado a perda do mamilo.

A mulher alegou que não foi advertida de que isso poderia acontecer. Ela entrou com um processo contra o médico e obteve a indenização de R$ 30 mil.

Segundo o programa Fala Brasil na sexta-feira (29), a defesa de Josias Caetano reconheceu a condenação, mas afirmou que a decisão foi injusta porque a paciente sabia dos riscos. Ele tem ao menos 22 ações em andamento por possíveis erros médicos e sua clínica foi fechada.

Entenda o caso da mulher que morreu após uma hidrolipo em SP

Paloma Alves, paciente morta após a hidrolipo em São PauloPaloma Alves trabalhava com aplicação de cílios e sonhava em realizar uma hidrolipo – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Paloma Alves, de 31 anos, morreu na terça-feira após se submeter a uma hidrolipo na zona leste de São Paulo. O procedimento é uma técnica de lipoaspiração que tem por objetivo retirar a gordura localizada do corpo.

Ela foi socorrida pelo Samu, mas chegou já sem vida ao hospital. O caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pela Polícia Civil.

O marido de Paloma, Everton Reigota, detalha que a esposa sonhava em realizar o procedimento. Ela teria pagado R$ 10 mil na hidrolipo para eliminar gorduras localizadas na região das costas e do abdómen.

Mulher que morreu após fazer hidrolipoPaloma morreu após fazer o procedimento estético na terça-feira, em São Paulo – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND

A vítima teria encontrado o médico Josias Caetano pelas redes sociais, negociado o valor da hidrolipo e conversado sobre exames que teriam que ser feitos antes do procedimento pelo WhatsApp.

Everton acompanhou a esposa durante o procedimento na clínica na manhã de terça. Enquanto esperava, ele relata ter visto equipes de socorro chegando e percebido a expressão de preocupação dos funcionários.

“O médico desconfia que tenha sido embolia pulmonar, mas a situação é que foi negligência da clínica porque eles não tinham os aparatos suficientes para atender de imediato”, afirmou o marido ao Balanço Geral.

*com informações do Fala Brasil e do Balanço Geral



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