Ministério da Saúde alerta para aumento de casos de febre amarela em quatro estados e reforça vacinação
O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o crescimento no número de casos de febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. Com a chegada do período sazonal da doença, que se estende de dezembro a maio, as autoridades reforçam a necessidade da imunização e de medidas preventivas para conter a transmissão do vírus. A febre amarela, doença viral transmitida por mosquitos silvestres, tem alta letalidade em suas formas mais graves e pode evoluir rapidamente para um quadro crítico, aumentando a demanda por atendimento médico emergencial. Nos últimos anos, surtos foram registrados em áreas de mata e regiões rurais, sendo fundamental a intensificação da vigilância epidemiológica e da imunização para evitar o alastramento da doença em áreas urbanas.
Diante da crescente preocupação, o Ministério da Saúde já mobilizou a distribuição de vacinas, especialmente para o estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos casos registrados até agora em 2025.
A vacinação contra a febre amarela é a principal estratégia de combate à doença e faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). As doses são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a adesão da população às campanhas de imunização é essencial para evitar a disseminação do vírus.
Casos confirmados e distribuição de vacinas para os estados afetados
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do envio de doses do imunizante para São Paulo, principal estado afetado, onde serão entregues 2 milhões de vacinas até fevereiro, sendo 800 mil doses extras. Em janeiro, 1 milhão de doses já haviam sido enviadas, reforçando a necessidade de vacinação em municípios que registraram circulação viral. Além disso, outras regiões afetadas, como Minas Gerais, Roraima e Tocantins, também receberão reforços na imunização para proteger a população local.
A intensificação da vacinação ocorre em resposta ao risco de avanço da doença para áreas mais populosas. Autoridades de saúde recomendam que todos os indivíduos entre 9 meses e 59 anos recebam a imunização. Crianças devem ser vacinadas aos 9 meses, com um reforço aos 4 anos de idade, garantindo a proteção completa contra a febre amarela.
Como a febre amarela é transmitida e sintomas mais comuns
A febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres infectados pelo vírus da família Flaviviridae. Entre os principais vetores da doença no ciclo silvestre estão os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que habitam áreas de mata e regiões rurais.
Os sintomas iniciais incluem febre alta, dores musculares, calafrios, náuseas e fadiga. Em alguns casos, a infecção pode evoluir para formas mais graves, caracterizadas por insuficiência hepática, hemorragias e falência múltipla de órgãos, o que pode levar ao óbito.
Cenário epidemiológico e histórico da febre amarela no Brasil
No Brasil, a febre amarela apresenta um ciclo de transmissão silvestre, e os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados em 1942. No entanto, surtos recorrentes em áreas rurais reforçam a necessidade de vigilância constante.
Desde 2017, o Brasil tem enfrentado surtos da doença em diferentes estados, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. O surto de 2017-2018 resultou em 1.376 casos confirmados e 483 óbitos. Em 2024, foram distribuídas mais de 20 milhões de doses da vacina contra a febre amarela no país, e, até o início de 2025, mais de 3 milhões de doses já foram enviadas aos estados com risco elevado de transmissão.
Recomendações para viajantes e populações de áreas de risco
- Pessoas que planejam viajar para regiões de mata, áreas rurais e locais com casos registrados devem verificar a carteira de vacinação.
- Quem ainda não tomou a vacina deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para garantir a imunização.
- Populações ribeirinhas, trabalhadores rurais, extrativistas e comunidades próximas a áreas florestais devem estar atentas à imunização.
Medidas de proteção contra a febre amarela
Além da vacinação, especialistas recomendam o uso de medidas de proteção individual, como:
- Uso de roupas compridas e claras para evitar picadas de mosquitos.
- Aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo, especialmente em regiões de mata.
- Evitar locais de alta concentração de mosquitos em horários críticos, como o amanhecer e o entardecer.
- Manter janelas e portas teladas para reduzir o risco de contato com os vetores da doença.
Monitoramento e ações do governo para conter a doença
O Ministério da Saúde tem intensificado as ações de vigilância epidemiológica em áreas de risco e reforçado as campanhas de vacinação. Equipes de saúde realizam monitoramento e investigação de casos suspeitos para evitar surtos maiores.
Os estados afetados receberam suporte técnico e operacional para garantir a aplicação das vacinas e o acompanhamento de pacientes diagnosticados. Municípios com maior incidência da doença foram priorizados na distribuição de imunizantes e na mobilização de profissionais de saúde.
Situação da febre amarela em São Paulo e medidas adotadas
São Paulo é o estado que mais preocupa as autoridades de saúde devido à alta incidência de casos. O município de Ribeirão Preto e cidades do interior paulista registraram circulação ativa do vírus. Como medida emergencial, o governo estadual solicitou reforço na distribuição de vacinas e intensificou as campanhas de imunização em regiões estratégicas.
A Secretaria Estadual de Saúde também alerta para a necessidade de aumentar a cobertura vacinal em municípios com baixa adesão, reduzindo os riscos de novas contaminações.
Importância da imunização e cobertura vacinal no Brasil
A vacina contra a febre amarela é segura e eficaz, oferecendo proteção vitalícia após a aplicação de uma única dose. Apesar da sua importância, especialistas apontam que ainda há uma parcela da população que não se vacinou, o que representa um risco para a propagação do vírus.
Em regiões endêmicas, a cobertura vacinal deve ser superior a 95% da população para garantir a proteção coletiva. Dados do Ministério da Saúde indicam que em algumas localidades, esse índice ainda não foi alcançado, tornando necessário um esforço conjunto entre as autoridades de saúde e a população para ampliar a imunização.
Casos de febre amarela no Brasil e risco de novos surtos
Nos últimos anos, a febre amarela voltou a preocupar as autoridades de saúde devido ao aumento no número de casos em diversas regiões. Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão:
- Expansão de áreas de mata e contato maior entre humanos e vetores.
- Mudanças climáticas que favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores.
- Baixa adesão à vacinação em alguns estados e municípios.
Ações de prevenção e combate à febre amarela
Para conter o avanço da doença, o governo tem adotado medidas como:
- Intensificação das campanhas de vacinação em áreas de maior risco.
- Aumento na distribuição de vacinas para estados com surtos confirmados.
- Monitoramento constante de casos suspeitos e realização de bloqueios sanitários em regiões críticas.
Vacinação como principal estratégia de controle da febre amarela
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a febre amarela e evitar surtos no país. A colaboração da população é fundamental para garantir o controle da doença e reduzir o risco de transmissão em regiões endêmicas.
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