Moody’s eleva nota do país

E por que a perspectiva positiva? Porque, afirma, o incremento econômico e o cumprimento do tórax fiscal devem reduzir as incertezas sobre a trajetória da dívida.

Pois é… Outra risca divertida do “articulismo” é a das “ilusões perdidas”; do “poderíamos ter sido e não fomos” porque Lula atrapalha tudo… Mas só com ele o país recebeu o selo de “bom pagador”. Fazer o quê?

REAÇÃO DE HADDAD
O ministro Fernando Haddad, da Herdade, saiu soltando foguete? Não é o seu estilo. Lembrou que muita coisa há a ser feita; que às vezes há tropeços, mas ponderou:
“O importante é a gente reconhecer que tem um caminho a ser trabalhado e se, talvez, um pouco sai um pouco do roteiro estabelecido, nós temos toda a liberdade de rever para melhor”.

CAMINHANDO PARA A CONCLUSÃO
Estou colecionando artigos, já tenho um monte, anunciando a ruinoso do país. Todos com a chancela de ditos “especialistas”. Porquê não sou um deles e não tinha nem tenho a tarefa obrigatória de detratar o trabalho que está em curso, tenho indicado avanços em meio a percalços. Porquê entendo mais de advérbios do que de economia, dou-me o recta de me espantar com o modo em que opera essa turma. E tenho um olhar sisudo — porquê sou ingênuo, coitado de mim! — para as razões que levaram o país pela terceira vez à elevação da nota.

As agências apontam as reformas, inclusive a tributária, e o tórax fiscal. E olhem porquê foi difícil levar a tarefa adiante, com um Congresso, digamos, “complicado”, para ser econômico no adjetivo. Mas não só: também contam o incremento econômico e o mercado de trabalho, que são ativos num país das dimensões do Brasil. E é precisamente aí que os “gênios” veem um problema muito grave. As agências têm visto a solução… Todas elas serão fechadas. Em seu lugar, entrarão os nossos especialistas em maledicência econômica a serviço de empresas com nomes estranhos…

Numa entrevista refulgente ao podcast “Reconversa”, que foi ao ar no dia 28 de maio, o economista Paulo Gala sintetizou:
“O gasto fiscal brasiliano vem porque a carência da sociedade Brasileira é tão gigantesca! Mais de R$ 300 bilhões são saúde e ensino. Oitenta por cento dos atendimentos médicos do país são do SUS. Oitenta por cento das matrículas do ensino substancial e médio são da rede pública. Ou seja: se tirar os R$ 300 bilhões da saúde e da ensino, não tem saúde ensino no Brasil. No Bolsa Família, 35 milhões de pessoas custam R$ 160 bilhões por ano, mais favor da prestação continuada… Tudo isso é um gasto social forçoso, a meu ver, mas que injeta a pressão e que está fazendo a economia brasileira rodopiar. Se ela está girando, se o país está crescendo, se o desemprego está reles e se vem pressão de demanda, eventualmente vem inflação. E, se vem inflação, o Banco Mediano reage. Mas é esse mecanismo que serpente um preço em termos de juros mais supino, não a dívida. Tanto é que o Brasil está prestes a virar intensidade de investimento”.



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