Motorista da Porsche vai a júri popular e segue em prisão preventiva

Tribunal de Justiça de São Paulo informou nesta segunda-feira (30) que ainda não há data para ser realizado o julgamento de Fernando Sastre de Andrade Rebento

Reprodução/Jovem Pan NewsFernando Sastre Andrade Filho chega para depor
Sastre só se apresentou à Polícia Social 38 horas em seguida o acidente e, ao prestar prova, negou que houvesse consumido bebida alcoólica

A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Rebento, de 24 anos, e levá-lo a júri popular para que seja julgado pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, e também feriu outra pessoa que estava no veículo com Sastre. Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou nesta segunda-feira (30), ainda não há data para ser realizado o julgamento. Ainda conforme a mandamento do juiz Roberto Zanichelli Cintra, o réu permanecerá impedido. “Inexistindo qualquer indumentária novo capaz de distanciar a decisão que decretou a prisão preventiva, razão pela qual deve o réu permanecer recluso”, acrescentou o documento.

Relembre o caso

Na madrugada de 31 de março deste ano, domingo de Páscoa, Andrade Rebento dirigia uma Porsche azul protótipo 911 Carrera GTS, ano 2023, de seu pai pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, quando atingiu a traseira do Renault Sandero que era dirigido por Viana. No veículo de Sastre, no momento do acidente, também estava o colega dele Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos. Andrade Rebento conseguiu trespassar do sítio do acidente sem fazer revista de alcoolemia (o bafômetro). A mãe dele pediu autorização a uma policial militar para levá-lo ao hospital; foi autorizada, mas não levou o rebento a nenhuma unidade de saúde. O motorista só se apresentou à Polícia Social 38 horas em seguida o acidente e, ao prestar prova, negou que houvesse consumido bebida alcoólica.

Simulação da Polícia Social indica que o Porsche estava a 134,6 km/h. A velocidade máxima permitida nesse trecho da avenida é de 50 km/h. Em 3 de maio, ele teve a prisão decretada, mas só se entregou três dias depois. A Polícia Social concluiu interrogatório em que acusou o motorista de homicídio doloso (propositado) qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e aceita pelo TJSP. O processo tramita na 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Fundíbulo, zona oeste de São Paulo, sob o comando do juiz Cintra. A primeira audiência relativa ao caso ocorreu na tarde de 28 de junho, quando 17 testemunhas prestaram prova – 10 de delação e 7 de resguardo. Uma das testemunhas afirmou que Andrade Rebento ingeriu bebida alcoólica naquela noite. Atualmente, o motorista está recluso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interno paulista.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Teor



Publicar comentário

You May Have Missed