Mulher que enganou Exército precisará devolver R$ 3,7 milhões; entenda

Ana Lucia Umbelina Galache de Souza terá de devolver R$ 3,7 milhões para o Exército após enganar a instituição por mais de três décadas. A mulher falsificou documentos para se passar por filha de um tio-avô, militar durante a Segunda Guerra Mundial, e passou 33 anos recebendo pensão.

Condenada por estelionato pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul a fazer a devolução do dinheiro, ela entrou com um recurso, mas teve o pedido negado pelo Superior Tribunal Militar (STM).

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Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas

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Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas

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Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas

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Na primeira condenação, a Justiça entendeu que ela cometeu um crime ao se passar por falsa dependente do ex-militar, com o objetivo de obter vantagens. Além disso, ela tinha consciência dos atos.

Segundo o STM, o marido de Ana Lucia chegou a sugerir que ela fosse ao Serviço de Inativos e Pensionistas (SSIP 9) do Exército Brasileiro e interrompesse os pagamentos indevidos. No entanto, ela preferiu seguir com o estelionato.

A fraude começou quando a mulher tinha menos de 18 anos. Em 1986, ela conseguiu se registrar como filha de Vicente Zarate e Natila Ruiz e, dois anos depois, entrou com um pedido para receber a pensão como filha de Zarate. Ela conseguiu a autorização, e passou a receber o dinheiro como filha de segundo sargento.

A situação mudou em 2021, quando a avó dela, Conceição Galache, denunciou a neta para a Polícia Civil e a Administração Militar. Isso porque, segundo depoimento de Ana Lucia, ela dividia o valor da pensão com a avó paterna, mas a idosa exigiu uma quantia maior e resolveu registrar a denúncia quando não conseguiu o que queria.

Na sequência, os órgãos abriram uma sindicância e conseguiram suspender o pagamento, após comprovação dos fatos. Conceição morreu em maio de 2022, e não chegou a ser ouvida no processo.



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