Novo protesto contra gestão política das inundações na Espanha
“O que falhou? Incompetência. É por isso que estamos aqui, porque há muitos incompetentes sendo pagos”, disse à AFP Raquel Ferrandis, uma professora de 55 anos vinda da cidade de Paiporta, considerada o epicentro do desastre.
As chuvas torrenciais que caíram em 29 de outubro deram origem a uma violenta enxurrada de água e lama que inundou várias localidades no oeste e sul de Valência, destruindo residências, comércios e dezenas de milhares de carros em seu caminho.
A catástrofe, cujas marcas ainda estão muito presentes um mês depois, deixou 230 mortos ? 222 deles na região valenciana ? e quatro desaparecidos, além de danos materiais milionários.
Dias após o desastre, 130 mil pessoas se manifestaram em 9 de novembro na terceira maior cidade da Espanha para exigir a renúncia de Mazón e criticar também a gestão da emergência pelo governo central de Pedro Sánchez.
Na Espanha, um país muito descentralizado, a gestão de catástrofes é responsabilidade das administrações regionais, mas o governo central pode fornecer recursos e até mesmo assumir a gestão em casos extremos.
As pessoas afetadas acusam o executivo regional de não ter alertado os cidadãos com antecedência suficiente sobre o perigo das chuvas torrenciais, que já haviam começado na manhã daquela fatídica terça-feira, bem como de ter reagido tarde demais ao enviar ajuda diante da magnitude do desastre em mais de 70 municípios.
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