PL para motorista de app não passa da forma uma vez que está, diz Agrobom

Eu entrevistei o deputado Augustinho Coutinho (Republicanos-PE), relator do PLP 12 na Câmara. Uma das ideias dele era estabelecer uma porcentagem máxima que as empresas poderiam descontar dos motoristas. Uma vez que o senhor avalia essa proposta?

O deputado Augusto Coutinho também é o relator do Projeto de Lei (PL) 536, criado pela Frente Parlamentar junto com os motoristas de aplicativo. Nós fizemos esse PL 536 para caminhar em paralelo com o PLP 12. Inclusive, nós apresentamos primeiro.

Logo, eles pegaram algumas coisas que poderiam não prejudicar o governo em zero, mas que melhoravam o PLP 12 e colocaram. Tiraram do PL 536 e colocaram lá no PLP 12. Mas, mesmo assim, deixou de fora a segmento principal, que é aquela que eu disse, da remuneração. Essa segmento da remuneração é hoje a grande discussão lá dentro do parlamento.

Qual seria o melhor formato de remuneração?

No PL 536, que nós criamos junto com os motoristas de aplicativo, a remuneração seria através de um “markup”. O que é o markup? É a precificação dos custos. Logo, a gente sugeriu que o governo, através dos Detrans estaduais, pudesse fazer um markup por região, inclusive para saber o dispêndio de cada região. E, supra desse dispêndio, jogar 20% do valor, que seria o lucro do motorista.

Nós chegamos, com esse markup e mais esse acréscimo de 20%, que isso aí daria uma tira de R$ 2,00 por km rodado. E você tratando de R$ 32,10 [por hora rodada, segundo o projeto do governo], isso vai ser muito aquém. Vai dar R$ 1,40, alguma coisa.



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