Primeiro transplante de útero em vida na América Latina é realizado no Hospital das Clínicas

Cirurgia foi realizada em uma mulher que nasceu sem útero devido à síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH)

ARTUR BRAGANçA/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDOFachada do Hospital das Clínicas
Hospital das Clínicas, em São Paulo

O Hospital das Clínicas da FMUSP fez história ao realizar, no dia 17 de agosto, o primeiro transplante de útero bem-sucedido entre pessoas vivas na América Latina. A cirurgia foi realizada em uma mulher que nasceu sem útero devido à síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH), que recebeu o órgão de sua mana, marcando um importante progressão na medicina reprodutiva. A equipe responsável pelo procedimento foi composta pela Subdivisão de Ginecologia e pelo Serviço de Transplante de Órgãos do hospital. Nascente feito é um marco nas pesquisas sobre transplantes, principalmente considerando que a instituição já havia realizado um transplante uterino a partir de uma doadora falecida, que resultou no promanação de um bebê saudável em 2017.

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O transplante é indicado para mulheres em idade fértil que não possuem útero ou que o perderam devido a complicações durante a prenhez. O professor Wellington Andraus, que coordena o transplante de órgãos no hospital, ressaltou a crescente demanda por esse tipo de procedimento, que, embora ainda seja considerado experimental, apresenta resultados promissores. Em seguida a cirurgia, as pacientes mostraram uma recuperação satisfatória. A receptora do transplante teve seu ciclo menstrual restabelecido 32 dias depois o procedimento. Para ser elegível para o transplante, a paciente deve ser saudável, ter menos de 35 anos e não apresentar doenças crônicas. A doadora, por sua vez, deve ter tido pelo menos um fruto e não desejar mais engravidar.

A expectativa é que a receptora possa realizar a primeira fertilização in vitro (FIV) aproximadamente seis meses depois o transplante. O verdadeiro sucesso do procedimento será confirmado quando a paciente conseguir engravidar e dar à luz, completando assim um ciclo que pode transformar vidas e oferecer novas oportunidades para mulheres que enfrentam dificuldades reprodutivas.

Publicado por Sarah Américo

*Reportagem produzida com auxílio de IA



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