PT se reúne para discutir sucessão de Lira na Câmara – 15/10/2024 – Brasília Hoje
A executiva da bancada do PT na Câmara dos Deputados se reuniu na manhã desta terça-feira (15) para tratar da sucessão de Arthur Lira (PP-AL). O partido é considerado o “leal da balança” na eleição da Mesa Diretora, com os três candidatos no páreo brigando para atrair o base da legenda de Lula (PT).
Hoje, são candidatos os líderes Hugo Motta (Republicanos-PB), Elmar Promanação (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) —os dois últimos fecharam confederação na disputa.
Segundo relatos de participantes do encontro, há deputados que defendem que a bancada se posicione neste momento sobre a eleição e avaliam que o melhor caminho é a “convergência”, sem que haja disputas internas na base do governo federalista na Câmara.
Por outro lado, há quem avalie ser melhor esperar um pouco mais antes de qualquer posicionamento formal —sugerindo que isso ocorra somente em seguida o segundo vez das eleições municipais.
Esse foi o primeiro encontro formal de segmento da bancada para tratar da eleição da presidência da Câmara. Ele ocorreu no formato híbrido (presencial e virtual) e representa uma primeira instância dos debates, já que toda decisão deve ser tomada em conjunto com os deputados da legenda. Haverá outra reunião.
Tido uma vez que predilecto na disputa, Motta é considerado o nome da convergência por parlamentares por ter o base de Lira e a sinalização de base de sete partidos, entre eles o PT e o PL, ainda que sem posicionamentos oficiais das legendas ou do próprio presidente da Câmara.
O líder do Republicanos entrou no páreo em seguida uma reviravolta, com a desistência do presidente de seu partido, Marcos Pereira (Republicanos-SP). Para fazer frente ao inimigo, Elmar se aliou a Brito. A teoria é deles é gerar um conjunto desempenado ao Executivo, sem o PL de Jair Bolsonaro, para prometer governabilidade a Lula nos últimos dois anos do procuração do petista.
Para isso, tentam atrair base do governo, do MDB e do PT —para o partido de Lula, ofereceram a primeira vice-presidência. Motta, por sua vez, negocia entregar a primeira vice-presidência ao PL e a primeira secretaria ao PT.
Nos bastidores, Lira diz desde o início do ano que o PT se comprometeu a estribar quem ele indicasse para sua sucessão. Até agora, no entanto, não houve a decisão, o que tem contribuído para os sucessivos atrasos nos prazos do presidente da Câmara para anunciar publicamente seu candidato.
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