Racha na direita não significa que ela esteja diminuindo, diz técnico à CNN
A fragmentação da direita política no Brasil não necessariamente indica seu prostração, segundo Sergio Denicoli, CEO da AP Exata e pesquisador de dados.
Em uma estudo sobre o cenário político atual, Denicoli argumenta que essa subdivisão pode ser um sinal de consolidação do movimento conservador no país.
De concórdia com o técnico, o Brasil tem se tornado cada vez mais conservador, um fenômeno evidenciado pelo prolongamento das igrejas e pela mudança de postura da esquerda em relação a algumas de suas pautas tradicionais.
Nascente cenário tem criado oportunidades para o progresso da direita e influenciado o posicionamento do núcleo político.
O papel de Bolsonaro e a disputa por espaço
Denicoli compara o ex-presidente Jair Bolsonaro a uma “rainha da Inglaterra” no atual contexto político. Ele explica: “As pessoas pedem bênção a ele, evitam falar mal dele, mas tentam superar essa liderança”.
Esta dinâmica reflete a procura por espaço político dentro da direita, principalmente com vistas às eleições de 2026.
O crítico observa que Bolsonaro, antes considerado uma liderança quase unânime entre as direitas, agora enfrenta críticas.
Algumas facções mais radicais o acusam de ceder aos desejos do partido e de estar mais desempenado ao sistema político tradicional.
Movimentações para 2026
As recentes movimentações políticas, incluindo críticas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao PSD, são interpretadas por Denicoli uma vez que secção de uma estratégia visando as eleições presidenciais de 2026.
Ele destaca que há uma tentativa de ocupação de espaço político deixado pela inelegibilidade de Bolsonaro.
“Me parece que as forças estão se aliando para tentar evitar uma subordinação ao Bolsonaro, uma vez que o espaço que ele ocupou está deixando um vácuo”, conclui Denicoli, ressaltando a dificuldade do jogo político que se desenha para os próximos anos.
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