Sem TSE: uma vez que uma filial de notícias encurta processo que demoraria semanas para anunciar vencedor da eleição nos EUA


Há 178 anos, a Associated Press desempenha um papel fundamental nas eleições dos EUA, contando os votos, declarando os vencedores e reportando-os ao mundo. Eleitora americana vota nas eleições presidenciais dos Estados Unidos
Gatty Images/BBC
Uma pergunta será feita repetidamente na noite do dia 5 de novembro, nos Estados Unidos: “quem venceu a eleição presidencial?”. Os norte-americanos não possuem um órgão que centraliza a apuração, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil. Daí que entra o papel da prensa.
✅ Clique cá para seguir o meio de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Há 178 anos, a Associated Press é uma das fontes mais confiáveis para contabilizar os votos das eleições nos Estados Unidos. Isso porque a filial reúne os dados de mais de 5 milénio disputas eleitorais em todo o país e entrega informações precisas e padronizadas.
Porquê cada estado tem autonomia própria, o sistema de votação pode variar dentro dos Estados Unidos. Em algumas localidades, a votação acontece em cédulas de papel, enquanto outros possuem urnas eletrônicas. Também é verosímil votar pelo correio.
Diante dessa dificuldade, a apuração dos votos nos Estados Unidos pode demorar dias, com cada estado fazendo a sua própria descrição. Ou seja, pode ser que o público só conheça quem será o novo presidente dias depois da eleição.
Segundo a Associated Press, unicamente uma estudo cuidadosa e completa de todos os dados eleitorais pode mandar quem será o vencedor. A filial também costuma fazer projeções para indicar quem foi o candidato mais votado em cada estado antes mesmo da apuração ser concluída.
Nesta reportagem você vai entender:
A apuração dos votos
Porquê os vencedores são declarados
Voto não obrigatório
Histórico das eleições anteriores
A apuração dos votos
A AP não faz diretamente a descrição manual do voto depositado nas urnas. Esse trabalho é realizado pelas autoridades eleitorais locais que administram as eleições de cada estado dos EUA.
Segundo a Constituição dos Estados Unidos, as regras das eleições são definidas por cada um dos estados. Contando o Região de Colúmbia, onde fica Washington D.C., são 51 conjuntos de normas diferentes para a realização das eleições.
Algumas dessas regras são mais favoráveis aos eleitores do que outras.
Em New Hampshire, os resultados das eleições podem ser oficialmente certificados alguns dias em seguida a votação. Já na Califórnia, o processo de tabulação leva várias semanas, e os resultados finais não são disponibilizados até o início de dezembro.
Ou por outra, o modo uma vez que os dados são disponibilizados varia de localidade para localidade. Em algumas jurisdições não são divulgados os percentuais de votos totais, por exemplo. Lembrando que o voto nos EUA não é obrigatório.
A descrição de votos da AP é um esforço para dar sentido a todas essas informações.
“O que estamos fazendo é costurar todos os totais de votos de milhares de condados e cidades em todo o país em um formato único e padronizado, para que os eleitores tenham aproximação ao totalidade universal de votos para uma disputa”, afirma o presidente da filial, David Scott.
Voltar ao início.
Porquê os vencedores são declarados
Tela mostra apuração dos votos feita pela Associated Press, em 2020
AP Photo/Eugene Hoshiko
A eleição presidencial dos Estados Unidos acontece por meio do Escola Eleitoral. Nesse sistema, cada estado norte-americano tem um peso dissemelhante e pode ser decisivo.
Em tese, vence as eleições quem tiver 270 dos 538 delegados que compõem o Escola Eleitoral. A Califórnia, por exemplo, tem 54 delegados. Já o Texas, tem 40. O candidato que for o mais votado em um estado leva todos os delegados da superfície, mesmo que vença por unicamente um voto.
Em 2016, Hillary Clinton foi a candidata mais votada nas eleições em contextura pátrio, mas foi derrotada por Donald Trump na soma do Escola Eleitoral.
Na apuração dos votos, a Associated Press pode declarar o vencedor em um estado antes mesmo de 100% dos votos serem contados.
Para isso, um time de estudo faz a descrição de dados que garantem que o candidato que está liderando a disputa não pode mais ser ultrapassado. Para isso são levados em consideração:
curso da apuração;
combinação do histórico de votos;
dados demográficos;
dados de pesquisas da AP.
Mesmo em disputas acirradas, confrontar os padrões de votação atuais com os das eleições anteriores pode fornecer pistas importantes.
Por exemplo, se um candidato democrata estiver obtendo resultados melhores do que o partido teve nas eleições anteriores — em locais onde venceu — isso pode indicar uma vitória mais folgada no pleito deste ano.
Por outro lado, se o candidato republicano estiver indo melhor ou, até mesmo, liderar em um sítio com tradição democrata, isso pode indicar uma disputa muito acirrada ou uma viradela.
Os dados demográficos também ajudam a esclarecer a descrição de votos. Por exemplo, variações em relação às tendências estaduais podem ser explicadas por alterações dentro de um grupo específico, uma vez que eleitores hispânicos ou brancos sem diploma universitário.
Voltar ao início.
Voto não obrigatório
EUA: 3 Estados iniciam a votação para presidente 45 dias antes do dia da eleição
Um fator que pode dificultar a descrição ou projetar um vencedor é o indumentária de que, nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório. Sendo assim, as autoridades não conseguem precisar o percentual exato de votos apurados. No entanto, a AP costuma fazer estimativas.
Para isso, logo que a votação começa, a filial solicita informações das autoridades eleitorais sobre o número de cédulas de voto ausente solicitadas e o número de votos antecipados registrados.
Esses números não contêm resultados, que só são divulgados em seguida o fechamento das urnas. No entanto, os dados podem fornecer informações valiosas sobre o perfil das pessoas que votaram.
O grande esforço começa em seguida o fechamento das urnas, quando aproximadamente 4.000 repórteres de descrição de votos da AP se espalham pelos distritos e escritórios eleitorais dos condados americanos.
Um repórter da AP estará presente em quase todos os escritórios eleitorais dos condados no dia da eleição, muito uma vez que em cidades e vilarejos-chave, coletando dados diretamente da manadeira.
Os jornalistas trabalham com funcionários eleitorais para coletar os resultados diretamente dos locais onde eles são contados. De lá, os dados são enviados por telefone ou eletronicamente. Os resultados são transmitidos ao núcleo de ingressão de votos da AP.
Ou por outra, a AP monitora sites governamentais oficiais para coletar os resultados. Funcionários eleitorais também enviam dados para filial. Com isso, a apuração das eleições é checada e rechecada por mais de uma manadeira de informação.
Nas noites de eleição universal, a AP pode ter até cinco ou seis fontes potenciais de resultados eleitorais em cada condado e escolher entre elas, dependendo de qual está mais atualizada e precisa.
Voltar ao início.
Histórico das eleições anteriores
Funcionários da Associated Press trabalham na noite das eleições dos EUA em 1964
AP Photo/Registro
A Associated Press foi formada em 1846 uma vez que uma cooperativa de jornais. Ela tabulou resultados eleitorais pela primeira vez dois anos depois, quando Zachary Taylor venceu a eleição presidencial.
O esforço para reunir os resultados de jurisdições em todo o país contou com o uso do telégrafo, durou 72 horas e custou, na quadra, o valor exorbitante de US$ 1.000.
Em 1916, a primeira transmissão eleitoral foi ao ar em uma pequena rede de rádios amadores, de harmonia com uma história escrita pelo ex-diretor político da CBS News Martin Plissner.
À quadra, o apresentador encerrou o programa declarando incorretamente que o republicano Charles Evans Hughes havia derrotado democrata Woodrow Wilson. A AP anunciou a vitória de Wilson dois dias depois, quando conseguiu reportar os resultados da Califórnia.
No início da dez de 1960, a AP e três redes de televisão — ABC, CBS e NBC — estavam realizando contagens de votos independentes. Elas concordaram em unir seus recursos na eleição de 1964 para compilar a descrição para as principais disputas.
Posteriormente a eleição de 2016, a AP deixou o pool de redes para continuar sua operação independente de descrição de votos e lançar a pesquisa “AP VoteCast” do eleitorado americano. O levantamento é uma escolha às pesquisas de boca de urna das redes.
Voltar ao início.
VÍDEOS: mais assistidos do g1



Publicar comentário

You May Have Missed