Teste rápido na detecção da febre bubônica é estimado em campo
Uma novidade lanço no desenvolvimento de um teste rápido para diagnóstico da peste bubônica foi realizada por pesquisadores da Instalação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz), em parceria com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais.
Os pesquisadores estiveram no município de Virgem da Lapa, no leste mineiro, entre os dias 6 e 16 deste mês para conduzir treinamentos e testes de campo com um material pioneiro no mundo. O foco da investigação foi a detecção da doença em roedores e cães, utilizando uma novidade tecnologia capaz de entregar resultados em exclusivamente 15 minutos.
Esse teste já demonstrou 100% de eficiência em laboratório, e representa um progressão significativo em confrontação com os métodos tradicionais, que podem levar dias para apresentar resultados e custam muro de R$ 200. Agora, o dispêndio será reduzido para exclusivamente US$ 1, tornando o diagnóstico mais conseguível e eficiente, segundo a Fiocruz.
Os cientistas testaram mais de 100 mamíferos, entre cães e roedores, e realizaram análises adicionais em laboratório para prometer a precisão dos resultados. O teste rápido é realizado com a coleta de algumas gotas de sangue do bicho, que são misturadas ao reagente disponível na instrumento. Em poucos minutos, o resultado é revelado a olho nu, sem precisar de equipamentos especiais, que costumam ter preço saliente e necessitar de técnicos com formação específica para serem operados.
Os resultados observados têm sido promissores. O próximo passo será a aprovação do teste pelo Ministério da Cultivação e Pecuária, para que possa ser disponibilizado em todo o país.
“Eu, particularmente, fico grato ao ver esses materiais sendo utilizados em campo. Foi um trabalho feito por muitas mãos, e eu realmente estou feliz por isso”, disse microbiologista da Fiocruz Pernambuco Matheus Bezerra, destacando a relevância da inovação, referindo-se ao impacto que o teste terá no cotidiano das pessoas, garantindo uma resposta rápida e eficiente a futuros episódios.
Essa inovação tem o potencial de beneficiar regiões do mundo onde a peste bubônica ainda representa uma prenúncio, avalia o microbiologista.
Embora rara no Brasil, a peste bubônica ainda é uma preocupação de saúde pública. A doença, causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida por pulgas que parasitam roedores, pode ser trágico tanto para humanos quanto para animais se não tratada rapidamente.
A Fiocruz, em conjunto com governos estaduais e o Ministério da Saúde, tem desempenhado um papel forçoso no monitoramento e prevenção da doença, ajudando a prevenir surtos no país.
Publicar comentário