Um ligeiro fragrância de São Paulo no ar | Blog Entre as Canetas

Expressar que o Brasílio tem a mais equilibrada e imprevisível dos últimos anos é chover no molhado. A 13 rodadas do termo, nem o mais fanático torcedor de São Paulo, Internacional, Palmeiras, Grêmio, Flamengo e Atlético-MG tem a ousadia de declarar que terminará o ano uma vez que vencedor vernáculo. Esse enorme ponto de interrogação se deve tanto ao equilibrio entre os times com chances, uma vez que à incapacidade de qualquer um deles estabelecer uma novidade sequência de vitórias e, com isso, aproveitar a instabilidade dos rivais – nesse paisagem quem anda fazendo mais bonito é o Palmeiras. Ou seja, é hora de os corajosos fazerem suas apostas. E nascente blogueiro, se recursos de sobra tivesse para isso, não ficaria sobre o muro: apostaria no São Paulo.

 

O time tem 7 jogos em moradia e 6 fora, bom para o Tricolor levando em conta sua ótima performance no Morumbi nascente ano. Desses jogos em moradia, o time enfrenta rivais diretos uma vez que Palmeiras, Flamengo e Grêmio – sai para enfrentar o Internacional, jogo que pode ser a final antecipada do campeonato. No corpo-a-corpo com cada rival, com relação ao Galo Mineiro, se a diferença de pontos não for administrável pelo São Paulo significa que o time terá perdido definitivamente o fôlego. Quanto ao Flamengo… muito, ninguém pode saber o que se passa com o Flamengo, um time sem psique e com um técnico que pode vir a ser de ponta, mas que tem hoje um peso maior do que pode carregar, não vejo aí ameaço ao São Paulo.

 

Na globo, Grêmio e Palmeiras têm time e estão jogando mais globo do que o São Paulo. Mas a prioridade à Libertadores (no caso palmeirense também à Despensa do Brasil) é clara, e o Tricolor pode se beneficiar e dirigir muito esses concorrentes. Sobra o Inter, principal ameaço ao São Paulo. Porque não tem outros interesses, porque tem um bom time, um elenco inclusive mais equilibrado e com mais opções. 

 

Ora, logo o Inter é o predilecto? Poderia ser. Mas o fragrância a que me referi no título do post (não falei em cheiro, porque o substantivo foi devidamente desgastado pelos flamenguistas nos últimos anos) baseia-se na subida qualidade do trabalho de Diego Aguirre. Na montagem do time, na ousadia em jogar com o que tem de melhor sempre e, talvez principalmente, na governo do vestiário – fazer Nenê e Diego Souza jogarem no limite e não dar qualquer espaço mínimo para ruídos de relacionamento. Diego Aguirre mudou o São Paulo desde o último jogo antes de estrear, contra o RB Brasil…

 

… e tem tamanho para resolver a paragem numa reta final de Brasílio. Odair Hellmann pode ser que tenha. E pode ser que não. 

 

Agrada-me sobremaneira a postura tricolor de manter o foco jogo a jogo, e de claramente não desanimar ou arriar a guarda em eventuais insucessos ou revezes. É postura de time vencedor. Simples que isto é um mero treino de futurologia, com todos os riscos colaterais. Se der São Paulo, não será surpresa. Se não der, os meus diletos leitores terão uma boa oportunidade de zoar o blogueiro.



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