Urnas estão prontas para receber os votos de 155 milhões de eleitores neste domingo (6)
Mais de 155 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo (6) para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nas 5.569 cidades brasileiras.
Para o pleito deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou 571.024 urnas eletrônicas, que passaram a ser lacradas no dia 24 de setembro e chegaram nos locais de votação no sábado (5).
O número, segundo a Namoro Eleitoral, abrange também as urnas de contingência, que podem ser acionadas em caso de premência.
Ao menos quatro modelos de urnas diferentes (UE2013, UE2015, UE2020 e UE2022) estarão à disposição dos eleitores. Os números exatos são:
- 30.142 UE2013;
- 95.885 UE2015;
- 224.991 UE2020;
- e 220.006 UE2022.
De combinação com o TSE, as urnas padrão UE2020 e UE2022 contam com:
- processador mais potente, que torna as urnas 18 vezes mais rápidas que o padrão de 2015;
- perímetro criptográfico certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil);
- e mecanismo de criptografia civilizado, com o uso do algoritmo criptográfico do tipo E521 (ou EdDSA), considerado um dos mais apurados do mundo.
Urnas são fundamentais para solidar democracia, avalia técnico
Para o observador político Eduardo Grin, professor da Instauração Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), as urnas eletrônicas têm um papel fundamental na consolidação da democracia no país ao prometer a lisura do processo eleitoral.
“Porque as eleições precisam ser seguras e o sufragista tem de ter a certeza de que o eleito não foi selecionado em qualquer tipo de processo que possa macular a escolha dele”, diz Grin.
O técnico recorda que, até 1932, o voto no Brasil era descerrado, o que impulsionava os registros de fraudes eleitorais pelo país. No chamado “voto de cabresto”, políticos locais controlavam os votos de trabalhadores e suas famílias.
“As urnas eletrônicas são extremamente relevantes porquê forma de solidar a democracia, porquê forma de gerar lisura no pleito, porquê forma de prometer que os votos serão todos contabilizados da mesma maneira, além de reduzir o cabresto eleitoral e a prevaricação”, avalia o observador político. “As urnas criam um procedimento que protege o sufragista desse tipo de mediação”, acrescenta.
Qual é a vida útil de uma urna?
Segundo o TSE, o tempo de vida útil das urnas é de dez anos, ou seis eleições consecutivas.
Depois desse período, os equipamentos são destinados ao descarte ecológico, com murado de 99% das peças sendo recicladas para a geração de novos produtos.
Mais inclusão
A partir das eleições municipais deste ano, todas as urnas eletrônicas contarão com um novo recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual: uma voz sintetizada chamada “Letícia”.
O recurso guiará eleitores e eleitoras cegos ou com baixa visão durante a votação.
Para utilizá-lo, basta discursar a deficiência aos mesários, que fornecerão fones de ouvido para uso na cabine de votação.
A urna conta com números em Braille em alto-relevo e tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para maior inclusão.
Conforme aponta o TSE, a projeção para 2024 é de mais de 1,4 milhão de eleitores com deficiência.
Quase 1,5 milhão de eleitores com deficiência poderão votar em outubro
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