CCJ da Câmara aprova proposta que limita decisões individuais dos ministros do STF
A Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (9), uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas (individuais) dos ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) e demais tribunais superiores.
A PEC proíbe que as decisões individuais de ministros suspendam leis ou atos do presidente da República, do Senado Federalista, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Vernáculo.
O projeto estabelece que a única exceção seria para o período de recesso do Judiciário em casos de “grande urgência ou risco de dano irreparável”. O colegiado teria o prazo de 30 dias para julgar a decisão depois da volta do recesso.
Vale lembrar que a percentagem não julga o teor da proposta, e sim sua constitucionalidade. Nesse sentido, ela obteve 39 votos favoráveis e 18 contrários. Agora, segue para uma percentagem próprio que ainda será criada e que ainda não tem uma data para instalação.
A PEC foi aprovada no Senado em novembro de 2023. O progresso dela na Câmara é uma resposta à decisão do ministro Flávio Dino, que suspendeu o repasse das emendas parlamentares.
Pacote de PECs contra o STF
A PEC faz secção de um grupo de proposta que visam, de forma resumida, limitar os poderes do STF. As outras que estavam na discussão desta quarta são:
- suspensão de medidas (PEC 28 de 2024) – permite ao Congresso anular liminares de ministros se considerarem que as decisões extrapolaram a conhecimento do Supremo;
- transgressão de responsabilidade (projeto de lei 4.754 de 2016) – estabelece que um ministro do STF pode responder por transgressão de responsabilidade se “usurpar” funções do Poder Legislativo;
- opinião política (projeto de lei 658 de 2022) – proíbe magistrados de expressarem posições sobre decisões e sentenças, além de qualificar a conduta porquê transgressão de responsabilidade.
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