Com pegada cômica acentuada, Venom 3 é o melhor filme da trilogia
O filme Venom 3: A Última Rodada marca a despedida de Tom Hardy como Eddie Brock e também como a voz do famoso simbionte. Como o título indica, trata-se de uma despedida da dupla. Apesar do apelo emocional, o enredo é o melhor por ser o mais divertido da sequência; entretendo o público ao longo de 1h50.
Desta vez, Venom perde completamente a “pose” de vilão e se consagra de vez como um anti-herói cheio de sentimentos. A relação afetiva entre parasita e hospedeiro cativa, mas sem deixar de lado a ação que os fãs da Marvel/Sony esperam.
Roteirista dos longas anteriores, Kelly Marcel assumiu a direção no fim da trilogia, além de assinar o roteiro em colaboração com Hardy. O Metrópoles assistiu antecipadamente ao longa que estreará nesta quinta-feira (24/10) e traz os detalhes.
Venom 3: A Última Rodada
No primeiro filme, de 2018, Eddie Brock é contaminado pelo simbionte Venom, que passa a viver simultaneamente no corpo do jornalista investigativo. Depois, na segunda produção, de 2021, o relacionamento entre o hospedeiro e o parasita vai se transformando. Agora, no terceiro longa, eles se tornam realmente amigos e demonstram constantemente a relação de parceria.
Os efeitos especiais, claramente, evoluíram. Há um toque dos clássicos de ação dos anos 1990, mas com mais modernidade técnica. As cenas misturam subgêneros, da comédia ao terror. Velocidade, barulhos estridentes e até drama compõem a história.
Uma das novidades é a chegada de Knull, conhecido como o “Deus dos Simbiontes”. Com o poder de controlar a escuridão primordial, ele pode manipular simbiontes assustadores, que cumprem as vontades do líder. O principal objetivo do monstro se torna destruir Eddie e Venom, por eles formarem — juntos — uma ameaça aos planos do vilão.
A previsão é que o longa arrecade cerca de US$ 65 milhões na estreia. Isso representa US$ 15 milhões a menos que o primeiro filme, e US$ 25 milhões abaixo do segundo. Vale destacar que a execução da parte final da trilogia custou mais de US$ 120 milhões.
Pegada cômica acentuada e personagens
Embora a atmosfera sangrenta e sombria já conhecida da trilogia não tenha sido abandonada, em Venom 3, a pegada cômica ganha protagonismo. A todo momento, a criatura protagonista solta piadas afiadas, com toque irônico, principalmente direcionadas ao hospedeiro, Eddie.
Personagens já conhecidos da trama, como a simpática Mrs. Chen (Peggy Lu), retornam ao enredo. Desta vez, inclusive, a comerciante chinesa tem um impacto ainda maior.
Por outro lado, Anne Weying (Michelle Williams), a ex-esposa de Eddie, que tinha relevância nos longas anteriores, ficou completamente de fora da terceira parte. Não houve ao menos uma mísera citação; para desapontar os telespectadores que torciam pela reconciliação do ex-casal.
O elenco também engloba novas histórias secundárias, como a da cientista Teddy (Juno Temple), que dedica a vida a estudar simbiontes. Outro exemplo é a família hippie formada por Alanna Ubach e Rhys Ifans, um casal fascinado pelo universo alienígena.
Fim da trilogia, novo vilão protagonista
A diretora Kelly Marcel indicou que o universo dos simbiontes deve continuar após o fim da trilogia estrelada por Tom Hardy. Aparentemente, a “nova fase” será o triunfo do novo vilão, o temido Knull.
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