Brasil procura parcerias com China em infra, tec e finanças – 17/10/2024 – Mercado
O diretor de política monetária do Banco Medial, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (17), no pausa de reuniões com negociadores chineses em Pequim, que parcerias “de vários temas” estão sendo fechadas para pregão durante a visitante de Estado do líder Xi Jinping a Brasília, daqui a um mês.
Citou, uma vez que áreas, “infraestrutura, tecnologia e a dimensão financeira”. O presidente Lula pediu “que o BC acompanhasse a financeira”, acrescentou Galípolo, que deve assumir uma vez que presidente da instituição no ano que vem.
Ele chegou à capital chinesa na quarta, um dia depois dos outros integrantes da delegação brasileira, encabeçada pelo ministro-chefe da Moradia Social, Rui Costa, e que inclui também o assessor privativo da Presidência da República, Celso Amorim.
Uma vez que a visitante de Xi marca o cinquentenário das relações diplomáticas, completados em agosto sem programação institucional de peso, Lula quer prometer resultados concretos e uma cúpula bem-sucedida no dia 20 de novembro, segundo uma assessora da comitiva.
O presidente brasílico mobilizou também a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do Brics), em Xangai. Ela viajou a Pequim e participou da reunião da delegação nesta quinta, com o secretário-geral do Parecer de Estado, o gabinete chinês, Wu Zhenglong.
Estavam programadas mais duas reuniões com os negociadores, na noite de quinta e na manhã de sexta. A série de encontros termina na própria sexta, com a delegação sendo recebida pelo chanceler Wang Yi, também diretor do Escritório para Assuntos Estrangeiros do Comitê Medial do Partido Comunista.
Segundo a assessora, as parcerias só devem ser divulgadas durante a visitante de Xi. “Eu não narrativa”, brincou Dilma, ao ser abordada na ingresso de outra reunião.
A grande expectativa é quanto à ingresso do Brasil na Iniciativa Cinturão e Rota, o programa chinês para viabilizar infraestrutura no exterior. Lula tem indicado adesão, em diversos pronunciamentos públicos, mas insiste em obter investimentos, destacando a dimensão de tecnologia.
Questões mais específicas também estão sendo tratadas. Existe uma pressão do governo brasílico, que vem desde o ano pretérito, para que companhias aéreas chinesas voltem a comprar aparelhos da Embraer, até o momento sem sucesso.
E neste mês de outubro, paralelamente às negociações finais para a visitante de Xi, a brasileira Totalidade Linhas Aéreas anunciou viagem a Pequim para supostamente comprar aviões da chinesa Comac, inclusive o C919, concorrente do Boeing 737 e do Airbus A320.
Outro foco de pressão, segundo fontes diplomáticas, é a ponte Salvador-Itaparica, de interesse do próprio Rui Costa, ex-governador da Bahia. O contrato com uma empresa para a construção, assinado há quatro anos, passou por revisão e não sai do papel desde logo desde 2020.
Ao menos um integrante da delegação disse ser ligado ao atual governo baiano, que tem outros projetos com Pequim, uma vez que a fábrica da chinesa BYD, que deve iniciar produção de carros neste termo de ano.
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